MIA > Biblioteca > Imprensa > Novidades
Fonte: A Carta Chinesa, 1ª edição, dezembro de 2003, Núcleo de Estudos do Marxismo-leninismo-maoismo (NEMLM), coleção “Marxismo contra revisionismo”.
Tradução: O NEMLM, responsável pela edição desta obra, traduziu-a da versão em espanhol publicada por Edições do Povo, Pequim.
O problema de Stálin é um problema de importância mundial que teve repercussão em todas as classes sociais dos diversos países do mundo e sobre o qual ainda hoje continua a controvérsia. As diversas classes, e os partidos ou grupos políticos que as representam, sustentam diferentes pontos de vista a respeito. Ao que parece, não se poderá alcançar neste século uma conclusão definitiva sobre este problema. Entretanto, no seio da classe operária internacional e dos povos revolucionários, a maioria sustenta na realidade um critério comum; desaprova a total negação de Stálin e venera sua memória mais e mais. O mesmo ocorre inclusive na União Soviética. Nossa controvérsia com os dirigentes do PCUS é uma controvérsia com um setor determinado. Esperamos persuadi-los, a fim de fazer avançar a causa revolucionária. Eis aqui o objetivo que perseguimos ao escrever o presente artigo.
O Partido Comunista da China tem sustentado sempre que, ao negar totalmente Stálin mediante a chamada “luta contra o culto à personalidade”, o camarada Kruchov se equivocava completamente e perseguia objetivos ocultos.
O Comitê Central do PCCh assinala em sua carta de 14 de junho que a chamada “luta contra o culto à personalidade” contrapõe-se à teoria integral de Lênin sobre a relação entre chefes, partido, classe e massas, e abala o princípio do centralismo democrático do Partido.
A carta aberta do Comitê Central do PCUS elude a resposta aos argumentos de princípio que apresentamos, e se limita a pregar nos camaradas chineses a etiqueta de “defensores do culto à personalidade e difusores das ideias errôneas de Stálin”.
Ao lutar contra os mencheviques, Lênin dizia: “o fato de não dar resposta aos argumentos de princípio do adversário, atribuindo-lhe simplesmente o estar “apaixonado”, não é debater, e sim injuriar”.(1) A atitude do Comitê Central do PCUS, manifestada na carta aberta, é exatamente a mesma que a dos mencheviques.
Ainda que a carta aberta do Comitê Central do PCUS substitua o debate pelas injúrias, preferimos contestá-la recorrendo só a argumentos de princípio e à abundância de fatos.
A grande União Soviética foi o primeiro Estado de ditadura do proletariado do mundo. No começo, o dirigente principal do Partido e do Governo desse Estado foi Lênin, e depois de sua morte, Stálin.
Depois da morte de Lênin, Stálin passou a ser não só o dirigente do Partido e do Governo da União Soviética, mas também o chefe reconhecido do movimento comunista internacional.
Há apenas 46 anos que a Revolução de Outubro iniciou a história do primeiro Estado socialista. E durante cerca de trinta anos, Stálin foi o dirigente principal desse Estado. Toda a atuação de Stálin ocupa um lugar importantíssimo tanto na história da ditadura do proletariado como na do movimento comunista internacional.
O Partido Comunista da China sempre sustentou que o problema de como apreciar e enfocar Stálin não é simplesmente avaliação do próprio Stálin, e sim, o que é mais importante, como sintetizar a experiência histórica da ditadura do proletariado e do movimento comunista internacional a partir da morte de Lênin.
O camarada Kruchov negou por completo Stálin no XX Congresso do PCUS. Neste problema de princípio, que afeta a todo o movimento comunista internacional, não consultou de antemão os partidos irmãos e tentou impor-lhes logo um fato consumado. Quem quer que faça uma apreciação de Stálin diferente da que faz a direção do PCUS, é acusado não só de “defender o culto à personalidade”, mas também de “intervir” nos assuntos internos do PCUS. Porém ninguém pode negar nem a significação internacional da experiência histórica do primeiro Estado de ditadura do proletariado, nem o fato histórico de que Stálin foi dirigente do movimento comunista internacional; por conseguinte, tampouco pode negar que a apreciação sobre Stálin é um importante problema de princípio que afeta ao movimento comunista internacional em seu conjunto. Que razões têm os dirigentes do PCUS para proibir que outros partidos irmãos façam uma análise e avaliação realistas de Stálin?
O Partido Comunista da China sempre considerou que é necessário analisar de maneira cabal, objetiva e científica os méritos e erros de Stálin, empregando o método do materialismo histórico e apresentando a história tal como é, e que não se deve empregar o método do idealismo histórico, tergiversar e falsificar arbitrariamente a história, nem negar Stálin de maneira subjetiva, grosseira e total.
O Partido Comunista da China sempre considerou que Stálin cometeu com efeito alguns erros. Estes têm suas raízes gnoseológicas e sócio-históricas. É necessário criticar, a partir de uma posição justa e com um método correto, os erros efetivamente cometidos por Stálin e não os que lhe são imputados sem nenhum fundamento. Porém sempre estivemos contra a crítica inadequada a Stálin, feita a partir de uma posição falsa e com métodos errôneos.
Ainda em vida de Lênin, Stálin lutou contra o czarismo e pela difusão do marxismo; depois de haver-se incorporado à direção do Comitê Central do Partido bolchevique encabeçado por Lênin, lutou para preparar a Revolução de 1917, e depois da Revolução de Outubro, lutou em defesa das conquistas da revolução proletária.
Falecido Lênin, foi sob a direção de Stálin que o PCUS e o povo soviético lutaram resolutamente contra todos os inimigos internos e externos, defenderam e consolidaram o primeiro Estado socialista do mundo.
Dirigidos por Stálin, o PCUS e o povo soviético persistiram na linha da industrialização socialista e da coletivização da agricultura do país e alcançaram grandes êxitos na transformação e edificação socialistas.
Dirigidos por Stálin, o PCUS e o povo e o Exército soviéticos travaram árduas batalhas e obtiveram a grande vitória da guerra antifascista.
Na luta contra o oportunismo de todo tipo, contra os inimigos do Leninismo, os trotskistas, zinovievistas, bukarinistas e demais agentes da burguesia, Stálin defendeu e desenvolveu o marxismo-leninismo.
Com suas obras teóricas, literatura imortal do marxismo-leninismo, Stálin fez uma contribuição inapagável ao movimento comunista internacional.
Dirigidos por Stálin, o PCUS e o Governo soviético aplicaram uma política externa que, em seu conjunto, correspondia ao internacionalismo proletário, e prestaram grande ajuda às lutas revolucionárias dos povos de diversos países, incluída a do povo chinês.
Stálin se colocou à frente da corrente histórica, dirigindo a luta revolucionária; foi inimigo irreconciliável do imperialismo e de todos os reacionários.
A atuação de Stálin está indissoluvelmente ligada às lutas do grande PCUS e do grande povo soviético, e é inseparável das lutas revolucionárias dos povos do mundo inteiro.
A vida de Stálin foi a vida de um grande marxista-leninista, de um grande revolucionário proletário.
É verdade que enquanto conseguia grandes êxitos para o povo soviético e para o movimento comunista internacional, Stálin, o grande marxista-leninista e revolucionário proletário, cometeu certos erros. Alguns foram erros de princípio e outros cometidos no trabalho prático; alguns poderiam ter sido evitados, outros eram difíceis de evitar, na ausência de um precedente que servisse de exemplo para a ditadura do proletariado.
Em certos problemas, Stálin se afastou, em sua maneira de pensar, do materialismo dialético, caiu na metafísica e no subjetivismo e, como conseqüência disso, perdeu às vezes o contato com a realidade objetiva e com as massas. Na luta tanto dentro como fora do Partido, às vezes e em alguns problemas, Stálin confundiu duas categorias de contradições de distinto caráter, isto é, contradições entre os inimigos e nós e contradições no seio do povo, e confundiu os métodos diferentes para resolvê-las. No trabalho de liquidar os contra-revolucionários, efetuado sob a direção de Stálin, se castigou com justiça a um grande número de contra-revolucionários que o mereciam; porém, ao mesmo tempo, se sentenciou equivocadamente alguns inocentes e se cometeu em 1937 e 1938 o erro de ampliar o raio da repressão. Em matéria de organização do Partido e do Estado, Stálin não aplicou plenamente, ou violou até certo ponto, o princípio proletário do centralismo democrático. Ao resolver os problemas nas relações com os partidos e países irmãos, cometeu certos erros. Ademais, deu alguns maus conselhos no movimento comunista internacional. Estes erros causaram alguns danos à União Soviética e ao movimento comunista internacional.
Os méritos e erros na vida de Stálin são uma realidade objetiva histórica. Comparados seus méritos e seus erros, pesam mais os primeiros que os últimos. As ações principais de sua vida são acertadas, e seus erros são de segunda ordem. Todo comunista honrado que respeite a história, ao fazer o balanço das atividades teóricas e práticas de Stálin em seu conjunto, verá primeiro, sem dúvida, o que constitui o aspecto principal de sua vida. Portanto, ao apreciar, criticar e vencer com acerto os erros de Stálin, devemos salvaguardar o aspecto principal de sua vida, e salvaguardar o marxismo-leninismo, que ele defendeu e desenvolveu.
Seria benéfico que se considerassem os erros de Stálin, que só são de ordem secundária, como lições históricas que servissem de advertência aos comunistas da União Soviética e de outros países, com o objetivo de que não se repitam os mesmo erros ou cometam menos. Para todos os comunistas, as experiência históricas tanto positivas como negativas são benéficas, sempre que sejam acertadamente resumidas de acordo com a realidade histórica e não tergiversando-a.
Lênin assinalou mais de uma vez que os marxistas diferiam completamente dos revisionistas da II Internacional na atitude que tomavam para com pessoas como Bebel e Rosa Luxemburgo, que, apesar de seus erros, foram grandes revolucionários proletários. Os marxistas não encobriam os erros de Bebel, Rosa Luxemburgo, etc., e sim que, nos exemplos destes revolucionários, aprendiam “a maneira de evitá-los e de satisfazer as exigências mais rigorosas do marxismo revolucionário”(2). Pelo contrário, os revisionistas “se alegraram malevolentes” e “se entusiasmaram” com os erros de Bebel e Rosa Luxemburgo. A este respeito, Lênin citou uma fábula russa para ridicularizar os revisionistas: “Ocorre que as águias descem mais baixo que as galinhas; porém estas nunca se elevam como aquelas.” Bebel e Luxemburgo foram “grandes comunistas” e, apesar de seus erros, seguiram sendo “águias”, enquanto que os revisionistas eram uma punhado de “galinhas” “no terreiro do movimento operários, no meio de um monte de esterco”.(3)
O papel que desempenharam Bebel, Luxemburgo e outros na história está longe de ser comparável ao de Stálin. Stálin foi um grande dirigente da ditadura do proletariado e do movimento comunista internacional durante uma época histórica; se deve ser mais prudente ao apreciá-lo.
Os dirigentes do PCUS acusaram o Partido Comunista da China de “defender” Stálin. Sim, o defendemos. Quando Kruchov tergiversa a história e nega por completo Stálin, é natural que tenhamos o ineludível dever, pelo bem dos interesses do movimento comunista internacional, de sair em defesa de Stálin.
Ao defender Stálin, o PCCh defende seu aspecto correto, defende a gloriosa história de luta do primeiro Estado de ditadura do proletariado do mundo nascido da Revolução de Outubro, defende a gloriosa história de luta do Partido Comunista da União Soviética, e defende o prestígio do movimento comunista internacional entre todos os trabalhadores do mundo. Em uma palavra, defende a teoria e a prática do marxismo-leninismo. Não só procedem assim os comunistas chineses, mas também têm procedido ou procedem da mesma maneira todos os comunistas fiéis ao marxismo-leninismo, todos os revolucionários firmes e todos os homens honrados.
Ao defender Stálin, não defendemos seus erros. Há muito os comunistas chineses experimentaram na própria carne as conseqüências de alguns erros de Stálin. Dos erros das linhas oportunistas de “esquerda” e de direita cometidos numa ou outra ocasião na história do PCCh, quanto às suas causas internacionais, alguns se produziram sob a influência de certos erros de Stálin. Nos fins dos anos vinte, durante os anos trinta, e depois, a princípio e em meados dos anos quarenta, os marxistas-leninistas chineses, representados pelo camarada Mao Tsetung e Liu Shao-chi, opuseram resistência à influência destes erros de Stálin, eliminaram gradualmente as errôneos linhas oportunistas de “esquerda” e de direita, e finalmente conduziram a Revolução Chinesa à vitória.
Entretanto, em vista de que as idéias erradas propostas por Stálin foram aceitas e postas em prática por certos camaradas chineses e que nós próprios chineses devemos assumir a responsabilidade por isso, nosso Partido, na luta contra o oportunismo de “esquerda” e de direita, sempre se limitou a criticar nossos camaradas que haviam cometido erros e nunca lançou a culpa sobre Stálin. O objetivo de nossa crítica consistia em distinguir o justo do errôneo, tirar as lições correspondentes e fazer avançar a causa da revolução. Não exigimos senão que os camaradas que haviam cometido erros os corrigissem. Caso não o fizessem, se podia esperar que os compreendessem gradualmente através de suas experiências práticas, na condição de que não organizassem grupos secretos nem realizassem atividades clandestinas de sabotagem. O método que adotamos foi o método normal, ou seja, a critica e autocrítica no seio do Partido: partir do desejo da unidade e, mediante a crítica e a luta, alcançar uma nova unidade sobre uma nova base. Deste modo, alcançamos bons resultados. Em nossa opinião, como se trata de contradições no seio do povo e não contradições entre os inimigos e nós, se deve adotar este método para resolvê-las.
Que atitude adotaram o camarada Kruchov e alguns outros dirigentes do PCUS para com Stálin a partir do XX Congresso do PCUS?
Em lugar de fazer uma análise histórica, científica e cabal da vida e atuação de Stálin, o negaram por completo sem nenhuma distinção entre o justo e o errado.
Em lugar de tratar Stálin como camarada, o trataram como inimigo.
Em lugar de fazer um balanço das experiências mediante a crítica e a autocrítica, achacaram a Stálin todos os erros cometidos ou lhe imputaram “erros” inventados a seu gosto.
Em lugar de apresentar fatos e arrazoados, lançaram ataques pessoais e demagógicos contra Stálin, ataques destinados a envenenar a consciência das pessoas.
Kruchov injuriou Stálin, qualificando-o de “assassino”, “criminoso”, “bandido”(4), “gariteiro(5)”, “déspota do tipo de Ivan o Terrível”, o “maior ditador da história da Rússia”, “tolo”(6), “idiota”(7), etc. Ao nos vermos obrigados a enumerar estes termos sujos, vulgares e malévolos, tememos verdadeiramente que manchem nossa pena e papel.
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de o “maior ditador da história da Rússia”. Não equivale isto a dizer que, durante 30 longos anos, o povo soviético não viveu sob o sistema socialista, e sim sob a “tirania” do “maior ditador da história da Rússia”? O grande povo soviético e os povos revolucionários do mundo inteiro, de nenhum modo podem estar de acordo com semelhante calúnia!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin “déspota do tipo de Ivan o Terrível”. Não equivale isto a dizer que a experiência que o grande Partido Comunista da União Soviética e o povo soviético ofereceram durante 30 anos a todos os povos do mundo, não é a experiência da ditadura do proletariado, e sim a experiência acumulada sob o domínio de um “déspota” feudal? O grande povo soviético, os comunistas soviéticos, e os marxistas-leninistas do mundo, de nenhum modo podem estar de acordo com semelhante calúnia!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de “bandido”. Não equivale isto a dizer que o primeiro Estado socialista do mundo foi, durante um longo período, um Estado encabeçado por um “bandido”? De nenhum modo podem estar de acordo com semelhante calúnia o grande povo soviético e os povos revolucionários do mundo!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de “tolo”. Não equivale isto a dizer que o Partido Comunista da União Soviética, que sustentou durante decênios uma heróica luta revolucionária, teve um “tolo” como chefe? De nenhum modo podem estar de acordo com semelhante calúnia os comunistas soviéticos e os marxistas-leninistas do mundo!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de “idiota”. Não equivale isto a dizer que o grande Exército soviético, que triunfou na guerra antifascista, teve um “idiota” como chefe supremo? De nenhum modo podem estar de acordo com semelhante calúnia os gloriosos mandos e combatentes do Exército soviético e todos os lutadores antifascistas do mundo!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de “assassino”. Não equivale isto a dizer que durante dezenas de anos o movimento comunista internacional teve como mestre um “assassino”? Os comunistas do mundo, incluídos os da União Soviética, de nenhuma maneira podem estar de acordo com semelhante calúnia!
Kruchov chamou injuriosamente Stálin de “gariteiro”. Não equivale isto a dizer que os povos revolucionários em sua luta contra o imperialismo e os reacionários tiveram um “gariteiro” como abandeirado? Os povos revolucionários do mundo, incluído o povo soviético, de nenhuma maneira podem estar de acordo com semelhante calúnia!
Estes insultos que Kruchov lançou contra Stálin constituem uma grande afronta ao grande povo soviético, ao Partido Comunista da União Soviética e ao Exército soviético, um grande insulto à ditadura do proletariado e ao sistema socialista, um grande insulto ao movimento comunista internacional, aos povos revolucionários do mundo e ao marxismo-leninismo.
Quando Kruchov, que esteve na direção do Partido e do Estado durante os tempos de Stálin, o injuria agora, com tanta energia, batendo no peito, descarregando murros sobre a mesa e gritando a todo pulmão, em que posição coloca a si mesmo? Na posição de cúmplice do “assassino” e “bandido”? Ou na de semelhante ao “tolo” e “idiota”?
Que diferença há entre estas injúrias de Kruchov contra Stálin e as dos imperialistas, dos reacionários de todos os países, ou dos renegados do comunismo? Por que sente um ódio tão inveterado por Stálin? Por que o ataca ainda mais ferozmente que a um inimigo?
Ao opor-se a Stálin, Kruchov se opõe furiosamente na verdade ao regime soviético, ao Estado soviético. Quanto aos termos que emprega, de nenhuma maneira fica atrás de Kautsky, Trotsky, Tito, Djilas e outros renegados, e sim que os superou.
Vale a pena citar uma passagem da carta aberta do CC do PCUS e perguntar a Kruchov: “Como podem abrir a boca para dizer tais coisas do Partido do grande Lênin, da pátria do socialismo, do povo que foi o primeiro do mundo a realizar uma revolução socialista, salvaguardou as grandes conquistas desta em duras batalhas contra o imperialismo internacional e a contra-revolução interna, revela maravilhas de heroísmo e abnegação na luta pela edificação do comunismo e cumpre fielmente seu dever internacional perante todos os trabalhadores do mundo?”
Em seu artigo “O significado político da injúria”, Lênin dizia: “a injúria em política encobre freqüentemente a completa carência de idéias, a impotência, a frouxidão, frouxidão repugnante dos injuriadores”. Por acaso isto não se aplica aos dirigentes do PCUS, que se sentem constantemente perseguidos pelo espectro de Stálin e tratam de encobrir sua completa carência de idéias, sua impotência e sua frouxidão repugnante injuriando Stálin?
A grande maioria do povo soviético desaprova semelhantes injúrias a Stálin. Eles veneram cada vez com maior carinho a memória de Stálin. Os dirigentes do PCUS se isolaram das massas de forma grave. Se sentem constantemente ameaçados pelo espectro de Stálin, que os persegue, que de fato é o grande descontentamento das amplas massas com a negação completa de Stálin. Até agora, Kruchov não se atreveu a permitir que o povo soviético e os povos do campo socialista leiam o informe secreto, apresentado no XX Congresso do PCUS e no qual nega por completo a Stálin, devido a que se trata de um informe que não pode suportar a luz do dia, informe tristemente alheio às massas.
O que merece atenção especial é o fato de que enquanto injuriam Stálin de mil maneiras, os dirigentes do PCUS, tratam “com respeito e confiança”(8) a Eisenhower, Kennedy e seus semelhantes! Qualificam injuriosamente Stálin de “déspota do tipo de Ivan o Terrível” e o “maior ditador da história da Rússia”, porém elogiam a Eisenhower e Kennedy como pessoas que gozam do “apoio da maioria absoluta do povo norte-americano”(9)! Qualificam injuriosamente a Stálin de “idiota”, porém, elogiam Eisenhower e Kennedy como “sensatos”! Censuram e atacam de forma malévola a um grande marxista-leninista, revolucionário proletário e chefe do movimento comunista internacional, porém põem aos cabecilhas do imperialismo nas nuvens! Será possível que a ligação entre estes fenômenos seja só casual e não a inexorável lógica da traição ao marxismo-leninismo?
Se Kruchov não é fraco de memória; deve recordar que numa manifestação de massa celebrado em Moscou em janeiro de 1937, ele mesmo condenou acertadamente aqueles que atacavam Stálin, dizendo: “Ao levantar a mão contra o camarada Stálin, eles a levantaram contra todos nós, contra a classe operária, contra os trabalhadores! Ao levantar a mão contra o camarada Stálin, eles a levantaram contra a doutrina de Marx-Engels-Lênin!” Ele mesmo endeusou uma e outra vez a Stálin, chamando-o “o amigo próximo e companheiro de luta do grande Lênin”(10), “o maior gênio, mestre e chefe da humanidade”(11), “o grande e sempre vitorioso marechal”(12), “o sincero amigo do povo”(13) e seu “próprio pai”(14).
Se se comparam as afirmações feitas por Kruchov quando Stálin estava vivo com as que fez depois de sua morte, se verá que ele deu uma virada de 180 graus na avaliação de Stálin.
Se Kruchov não tem má memória, deve recordar, é claro, que no período da direção de Stálin, ele mesmo apoiou e aplicou com particular zelo a política da luta pela liquidação dos contra-revolucionários daquele tempo.
Em 6 de junho de 1937, na V Conferência da Organização do Partido da Província de Moscou, Kruchov disse:
“Nosso Partido aplastará sem piedade à pandilha de traidores, apagará da face da terra a toda a podridão trotskista-direitista... A garantia disto é constituída pela direção inquebrantável de nosso Comitê Central, pela direção inquebrantável de nosso chefe, camarada Stálin... Aniquilaremos os inimigos, a todos eles até o último, sem deixar incólume a nenhum, e lançaremos ao vento suas cinzas.”
Em 8 de junho de 1938, na IV Conferência da Organização do Partido da Província de Kiev, Kruchov disse:
“Os Yakir, Balitski, Liubchenki, Zatonski e outros canalhas, queriam introduzir na Ucrânia os latifundiários polacos, queriam introduzir aqui os fascistas, latifundiários e capitalistas alemães ... Aniquilamos um considerável número de inimigos, porém ainda não a todos. Portanto, devemos ter os olhos vigilantes. Devemos ter muito presente as palavras do camarada Stálin: enquanto exista o cerco capitalista, os inimigos enviarão a nosso país espiões e sabotadores.”
Kruchov, que se incorporou à direção do Partido e do Estado durante os tempos da direção de Stálin e que respaldou ativamente e aplicou com firmeza a política da luta pela liquidação dos contra-revolucionários, por que nega agora tudo o que fez durante esses tempos e achaca a Stálin sozinho todos os erros cometidos, enquanto se apresenta a si mesmo como pessoa irrepreensível?
Quando cometeu erros, Stálin pôde fazer a autocrítica. Por exemplo, deu alguns maus conselhos a respeito da revolução chinesa. Depois que esta triunfou, reconheceu seus erros. No informe pronunciado perante o XVIII Congresso do Partido Comunista (b) da URSS em 1939, admitiu também alguns erros cometidos na depuração do Partido. E Kruchov? Não sabe em absoluto o que é a autocrítica; somente sabe lançar sobre outros a culpa de todos os erros e atribuir-se todos os méritos.
Não é estranho que estes atos infames de Kruchov se tenham produzido em um período em que o revisionismo contemporâneo desborda. Justamente como o disse Lênin em 1915 ao criticar os revisionistas da II Internacional por sua traição ao marxismo, “isto não é em absoluto surpreendente em nosso tempo, quando se esquecem as palavras se perdem os princípios, se descarta a concepção do mundo e as resoluções e as promessas solenes são jogadas fora.”(15)
Toda uma série de acontecimentos produzidos depois do XX Congresso do PCUS demonstrou plenamente quão graves conseqüências acarretou a negação completa de Stálin pela direção do PCUS.
A negação completa de Stálin proporcionou munições aos imperialistas e reacionários de todos os países, munições que eles faziam todo o possível para conseguir em sua luta contra a União Soviética e contra o comunismo. Pouco depois do XX Congresso do PCUS, os imperialistas utilizaram o informe secreto anti-stalinista de Kruchov e desataram uma ampla campanha anti-soviética e anticomunista em todo o mundo. Aproveitando essa oportunidade, os imperialistas, os reacionários de todos os países, a camarilha de Tito e os oportunistas de todo tipo, atacaram a União Soviética, o campo socialista e todos os Partidos Comunistas, em conseqüência do que, muitos partidos e países irmãos se acharam em sérias dificuldades.
Como resultado da frenética campanha que a direção do PCUS desatou contra Stálin, os trotskistas, que há longo tempo não eram senão cadáveres políticos, ressuscitaram e armaram um alvoroço sobre a necessidade de “reabilitar” Trotsky. Em novembro de 1961, quando se encerrou o XXII Congresso do PCUS, em uma “Carta ao XXII Congresso do PCUS e ao Comitê Central do PCUS”, o Secretariado Internacional da chamada IV Internacional escreveu que Trotsky havia declarado em 1937 que no futuro “um monumento seria erigido em honra das vítimas de Stálin”; “hoje”, afirma a carta, “esta predição se tornou realidade. Ante vosso Congresso, o Secretário Geral de vosso Partido prometeu levantar esse monumento”. A carta exige em particular que o nome de Trotsky seja “gravado em letras de ouro no monumento erigido em honra das vítimas de Stálin”. Os trotskistas não dissimularam sua alegria e consideraram que a campanha iniciada pela direção do PCUS contra Stálin havia “aberto a porta ao trotskismo” e que essa campanha era muito favorável ao progresso do trotskismo e de sua organização, a IV Internacional”.
Ao negar por completo a Stálin, a direção do PCUS perseguia objetivos ocultos.
Stálin morreu em 1953, e três anos mais tarde, a direção do PCUS o atacou com todo vigor no XX Congresso do mesmo; oito anos depois o voltou a atacá-lo furiosamente em seu XXII Congresso e trasladou e incinerou seu cadáver. Ao atacar Stálin com tanta fúria uma e outra vez, os dirigentes do PCUS se propuseram acabar com a influência inapagável deste grande revolucionário proletário nos povos da União Soviética e do mundo inteiro; também se propuseram a negar o marxismo-leninismo, que Stálin defendeu e desenvolveu, e desembaraçar o caminho para a aplicação completa de sua linha revisionista. A linha revisionista da direção do PCUS se iniciou precisamente com o XX Congresso e acabou sistematizando-se integralmente no XXII Congresso. Os fatos provam cada vez com maior clareza que a adulteração por parte da direção do PCUS da doutrina marxista-leninista sobre o imperialismo, a guerra e a paz, a revolução proletária e a ditadura do proletariado, a revolução nas colônias e semicolônias, o partido do proletariado, etc., é inseparável de sua negação total de Stálin.
A direção do PCUS negou por completo a Stálin sob o rótulo da chamada “luta contra o culto à personalidade” .
Ao defender a chamada “luta contra o culto à personalidade”, os dirigentes do PCUS não se propuseram, como diziam, a restabelecer “as normas de vida do Partido e princípios de direção leninistas”. Pelo contrário, transgrediram a teoria de Lênin sobre a relação entre chefes, partido, classe e massas, e o princípio do centralismo democrático do Partido.
Os marxistas-leninistas sustentam que todo partido revolucionário do proletariado, para ser verdadeiro Estado Maior do proletariado em luta, deve resolver acertadamente o problema da relação entre chefes, partido, classe e massas, e organizar-se segundo o princípio do centralismo-democrático. Semelhante partido deve ter um núcleo dirigente mais ou menos estável, composto de um número de chefes provados em longas lutas que saibam conjugar a verdade universal do marxismo-leninismo com a prática concreta da revolução.
Os chefes do partido do proletariado, quer sejam membros do Comitê Central ou dos comitês locais, surgem da luta de classes e do movimento revolucionário das massas. São infinitamente fiéis às massas, estão intimamente ligados a elas, sabem sintetizar com acerto suas idéias e pôr logo em prática as idéias assim sintetizadas. Os chefes deste tipo são representantes verdadeiros do proletariado e geralmente reconhecidos como tal pelas massas. A presença de chefes deste tipo em um partido do proletariado é indício de amadurecimento político deste partido; neles reside a esperança da vitória da causa do proletariado.
Lênin tinha toda a razão quando dizia:“Nenhuma classe na história pôde subir ao Poder a menos que destacasse seus chefes políticos, seus representantes avançados, capazes de organizar movimentos e dirigi-los.”(16)
Também dizia:
“É uma tarefa difícil e de longa duração formar chefes do Partido, experimentados e de alto prestígio. Porém, sem isso, a ditadura do proletariado e a ‘vontade única’ deste não são mais que frases vazias.”(17)
O Partido Comunista da China sempre se ateve à teoria marxista-leninista sobre o papel das massas populares e do indivíduo na história, à teoria marxista-leninista sobre a relação entre chefes, partido, classe e massas, e ao centralismo-democrático do Partido. Persistimos constantemente na direção coletiva, porém nos opomos à diminuição do papel dos chefes. Concedemos importância ao papel dos chefes, porém nos opomos a todo elogio do indivíduo que seja desmesurado e não corresponda à realidade, e nos opomos à exageração de seu papel. Já em 1949, por sugestão do camarada Mao Tsetung, o Comitê Central do PCCh adotou uma resolução segundo a qual se proíbe celebrar publicamente os aniversários dos dirigentes do Partido e denominar lugares, ruas ou empresas com seus nomes.
Nossa posição conseqüente e justa difere de maneira radical da chamada “luta contra o culto à personalidade” defendida pela direção do PCUS.
Se torna mais e mais claro que, ao defender a chamada “luta contra o culto à personalidade”, os dirigentes do PCUS não se propõem desenvolver a democracia, aplicar a direção coletiva nem opor-se à exageração do papel do indivíduo, como o declaram, e sim que perseguem objetivos totalmente ocultos.
Quais são, em última instância, os objetivos da “luta contra o culto à personalidade” sustentada pelos dirigentes do PCUS?
Para dizê-lo com franqueza, não são senão os seguintes:
1 – Sob o pretexto da “luta contra o culto à personalidade”, contrapor Stálin, chefe do Partido, às organizações do partido, ao proletariado e às massas populares;
2 – Sob pretexto da “luta contra o culto à personalidade”, denegrir o partido proletário, a ditadura do proletariado e o sistema socialista;
3 – Sob pretexto da “luta contra o culto à personalidade”, elevar a si mesmos e atacar aos revolucionários fiéis ao marxismo-leninismo, a fim de abrir o caminho à usurpação da direção do Partido e do Estado por parte dos intrigantes revisionistas;
4 – Sob pretexto da “luta contra o culto à personalidade”, intervir nos assuntos internos dos partidos e países irmãos e esforçar-se por derrubar a vontade da direção dos partidos e países irmãos;
5 – Sob pretexto da “luta contra o culto à personalidade”, atacar os partidos irmãos que se atêm ao marxismo-leninismo e cindir o movimento comunista internacional.
A “luta contra o culto à personalidade” defendida por Kruchov é uma infame intriga política. Semelhante pessoa, como o assinalava Marx, “como teórico é um zero à esquerda, porém as intrigas são seu elemento.”(18)
A carta aberta do Comitê Central do PCUS diz que, “ao desmascarar o culto à personalidade e lutar contra suas conseqüências”, eles “colocam em alto lugar os dirigentes que ... gozam... de merecida autoridade”. Que significam estas palavras? Significam que enquanto arrastam Stálin na lama, os dirigentes do PCUS põem Kruchov nas nuvens.
Eles descrevem como “fundador ativo do Exército Vermelho”(19), a Kruchov que nos tempos da Revolução de Outubro ainda não era comunista e que durante a guerra civil era um trabalhador político de baixa patente.
Eles atribuem totalmente a Kruchov a grande vitória da batalha decisiva na Grande Guerra Pátria da União Soviética, dizendo que na batalha de Stalingrado “muito freqüentemente se ouvia a voz de Kruchov”(20) e que este “foi a alma dos Stalingradenses”(21).
Eles atribuem totalmente a Kruchov os grandes êxitos alcançados nas armas nucleares e na técnica de foguetes, chamando-o “pai da cosmonáutica”(22). Porém ninguém ignora que as conquistas da União Soviética na produção de bombas atômicas e de hidrogênio foram grandes êxitos que alcançaram os cientistas e técnicos soviéticos e o povo soviético no período da direção de Stálin. As bases da técnica de foguetes se assentaram também no período da direção de Stálin. Como podem apagar totalmente estes importantes fatos históricos? Como podem atribuir todos os êxitos a Kruchov?
Eles glorificam Kruchov, que revisou as teses fundamentais do marxismo-leninismo e que considera antiquado o Leninismo, como o “admirável modelo que desenvolveu e enriqueceu de forma criadora a teoria marxista-leninista”(23)
Os dirigentes do PCUS fazem tudo isto encobrindo-o com a consigna de “luta contra o culto à personalidade”, e de fato, como dizia Lênin, “no lugar dos antigos chefes que se atinham às idéias comuns sobre as coisas simples, se destacam... chefes novos que dizem bobagens e disparates que fogem a toda qualificação”.(24)
A carta aberta do Comitê Central do PCUS calunia a posição marxista-leninista em que perseveramos, dizendo que nós tentamos “impor aos demais partidos a ordem a ideologia e a moral, as formas e método de direção, que floresceram no período do culto à personalidade”. Semelhante afirmação revela ainda mais o quão absurda é a chamada “luta contra o culto à personalidade”.
Segundo os dirigentes do PCUS, na União Soviética apareceu um chamado período do “culto à personalidade” depois que a Revolução de Outubro pôs fim ao período do capitalismo na Rússia. Pareceria que a “ordem social”, “a ideologia e a moral” desse período não eram socialistas. Segundo os dirigentes do PCUS, nesse período, o povo trabalhador sofria uma “pesada carga”, se elevava sobre ele uma “atmosfera de terror, suspicácia, desconfiança e vida aflitiva,(25) e se obstruía o desenvolvimento da sociedade soviética.
Em seu discurso de 19 de julho de 1963 na manifestação da amizade soviético-húngara, Kruchov falou desmesuradamente do domínio de “terror” de Stálin e afirmou que este “sustentava seu Poder com o machado”. Ao descrever a ordem social desse tempo disse: “Naquele tempo ocorria que alguém ia para o trabalho sem saber se voltaria para casa, se voltaria a ver sua mulher e seus filhos.”
Segundo a direção do PCUS, durante o “período do culto à personalidade”, a sociedade foi ainda mais “abominável” e “bárbara” que durante o período do feudalismo ou capitalismo.
Segundo a direção do PCUS, a ditadura do proletariado e o sistema social socialista estabelecidos como conseqüência da Revolução de Outubro, não eliminaram durante decênios a carga que pesava sobre o povo trabalhador nem aceleraram o desenvolvimento da sociedade soviética; só depois de que no XX Congresso do PCUS se levou a cabo a chamada “luta contra o culto à personalidade”, se eliminou a “carga pesada” sobre o povo trabalhador e de súbito “se acelerou o desenvolvimento da sociedade soviética”(26).
Kruchov disse: “Ai! Que bom teria sido se Stálin tivesse morrido dez anos antes!”(27) Como é sabido, Stálin morreu em 1953. Se tivesse morrido dez anos antes, teria sido em 1943, ano em que a União Soviética iniciou a contra-ofensiva na Grande Guerra Pátria. Naquele tempo, quem esperava a morte de Stálin? Hitler!
Não é nada novo na história do movimento comunista internacional, senão uma vil mentira já calada pelas pessoas há muito tempo, que os inimigos do marxismo-leninismo utilizem expressões tais como a “luta contra o culto à personalidade” para vilipendiar os líderes do proletariado e desacreditar a causa deste.
Durante o período da I Internacional, o intrigante Bakunin utilizou semelhantes expressões para injuriar a Marx. A princípio, em seu desejo de ganhar manhosamente a confiança de Marx, lhe escreveu: “Sou seu discípulo, e me sinto orgulhoso disso.”(28) Mais tarde, ao fracassar sua tentativa de usurpar a direção da I Internacional, injuriou Marx, dizendo que Marx, “como alemão e judeu, é dos pés à cabeça um autoritário”(29), um “ditador”(30).
Durante o período da II Internacional, o renegado Kautsky utilizou similares expressões para injuriar Lênin. Levantou calúnias contra Lênin, chamando-o “o deus dos monoteístas”, e dizendo que havia “reduzido o marxismo não só à condição de uma religião de Estado, mas também à de uma superstição medieval ou oriental”(31).
Durante o período da III Internacional, o renegado Trotsky também utilizou semelhantes expressões para injuriar Stálin. Disse que Stálin era um “déspota”(32) e que “Stálin, o burocrata, estabeleceu o infame culto ao chefe, atribuindo-lhe santidade”(33).
A camarilha titoísta do revisionismo contemporâneo também recorre a semelhantes expressões para injuriar Stálin, chamando-o de “ditador” em um “regime de absolutismo pessoal”.(34)
Como se vê, a “luta contra o culto à personalidade” que a direção do PCUS defendeu tem sua origem em Bakunin, Kautsky, Trotsky e Tito, e é utilizada por eles para opor-se aos líderes do proletariado e minar o movimento revolucionário proletário.
Assim como os oportunistas no movimento comunista internacional não conseguiram negar Marx, Engels nem Lênin com suas difamações, tampouco Kruchov conseguirá negar Stálin com as suas.
Lênin assinalou que uma posição privilegiada não assegurava o êxito da difamação.
Kruchov pôde aproveitar-se de sua posição privilegiada para tirar o corpo de Stálin do Mausoléu de Lênin; porém nunca conseguirá, aproveitando-se de sua posição privilegiada, arrancar a grande imagem de Stálin do coração dos povos da União Soviética e do mundo inteiro.
Kruchov pode aproveitar-se de sua posição privilegiada para adulterar de uma ou outra maneira o marxismo-leninismo; porém nunca conseguirá, aproveitando-se de sua posição privilegiada, lançar por terra o marxismo-leninismo, que Stálin defendeu e que defendem todos os marxistas-leninistas do mundo.
Quiséramos dar um sincero conselho ao camarada Kruchov: Esperamos que chegue a compreender seus erros e abandone o caminho completamente errado para retornar ao do marxismo-leninismo.
Viva a grande doutrina revolucionária de Marx, Engels, Lênin e Stálin!
Notas de rodapé:
(1) Lênin, “Algumas observações na ‘resposta’ por P. Máslov”, Obras Completas, t. XV (retornar ao texto)
(2) Lênin, “Prefácio ao folheto de Volnov (A.V.Lunacharsky) Acerca da Atitude do Partido para com os Sindicatos”, Obras Completas , t. XIII. (retornar ao texto)
(3) Lênin, “Notas de um publicista”, Obras Completas, t. XXXIII. (retornar ao texto)
(4) Kruchov, Conversação com a delegação do Partido Comunista da China, 22 de outubro de 1961. (retornar ao texto)
(5) Explorador de casa de jogos de azar. (retornar ao texto)
(6) Kruchov, Discurso na recepção do 1.º de Maio de 1962, dada pelo governo soviético. (retornar ao texto)
(7) Kruchov, Conversação com a delegação do Partido Comunista da China, 22 de outubro de 1961. (retornar ao texto)
(8) Kruchov, Carta em resposta a Kennedy, 28 de outubro de 1962. (retornar ao texto)
(9) Kruchov, Respostas às perguntas pelos redatores chefes do Pravda e Izvestia, Pravda, 15 de junho de 1963. (retornar ao texto)
(10) Kruchov, “Stálin e a grande amizade dos povos da União Soviética”, Pravda, 21 de dezembro de 1939. (retornar ao texto)
(11) Kruchov, Discurso no XVIII Congresso do PC (b) da URSS, Pravda, 15 de março de 1939. (retornar ao texto)
(12) Kruchov e outros, Carta a todos os oficiais e homens do Exército Vermelho da União Soviética, Pravda, 13 de maio de 1945. (retornar ao texto)
(13) Kruchov, “Stálin e a grande amizade dos povos da União Soviética” Pravda, 21 de dezembro de 1939. (retornar ao texto)
(14) Kruchov, “A amizade stalinista entre os povos garante a invencibilidade de nossa pátria”. Pravda, 21 de dezembro de 1949. (retornar ao texto)
(15) Lênin, “Prólogo ao folheto de N. Bukarin O Imperialismo e a Economia Mundial”, Obras Completas, t. XXII. (retornar ao texto)
(16) Lênin, “A tarefa urgente de nosso movimento”, Obras Completas, t. IV. (retornar ao texto)
(17) Lênin, “Uma carta aos comunistas alemães”, Obras Completas, t. XXXII. (retornar ao texto)
(18) Marx, “Marx a Bolte”, Obras Escolhidas de Marx e Engels (em dois tomos), t. II. (retornar ao texto)
(19) “Vida para o povo”, Zarya Vostoka (URSS), 17 de dezembro de 1961. (retornar ao texto)
(20) “Criado e educado pelo Partido”, Agitador (URSS), N.º 2, 1963. (retornar ao texto)
(21) Chuikov, Discurso na reunião comemorativa do XX aniversário da Grande Guerra Pátria da União Soviética, Pravda, 22 de junho de 1961. (retornar ao texto)
(22) G. S. Titov, Discurso no XXII Congresso do PCUS, 21 de outubro de 1961. (retornar ao texto)
(23) A. N. Kosygin, Discurso no XXII Congresso do PCUS, 21 de outubro de 1961. (retornar ao texto)
(24) Lênin, “A doença infantil do ‘esquerdismo’ no comunismo”, Obras Completas, t. XXXI. (retornar ao texto)
(25) “Carta aberta do Comitê Central do PCUS às organizações do Partido, a todos os comunistas da União Soviética”, 14 de julho de 1963. (retornar ao texto)
(26) Ibid. (retornar ao texto)
(27) Kruchov, Discurso na reunião de amizade soviético-húngara em Moscou, 19 de julho de 1963. (retornar ao texto)
(28) M.A. Bakunin, Carta a K. Marx, 22 de dezembro de 1868, Die Neue Zeit, N.º 1, 1900. (retornar ao texto)
(29) Franz Mehring, Karl Marx, a História de sua Vida. (retornar ao texto)
(30) Engels, “Engels a A. Bebel”, 20 de junho de 1873, Obras Escolhida de Marx e Engels (em dois tomos), t. II. (retornar ao texto)
(31) Kautsky, A Social-democracia contra o Comunismo. (retornar ao texto)
(32) Trotsky, A Burocracia Stalinista e o Assassinato de Kirov, 28 de dezembro de 1934. (retornar ao texto)
(33) Ibid. (retornar ao texto)
(34) Kardelj, “Cinco anos mais tarde”, Borba (Iugoslávia), 28 de junho de 1953. (retornar ao texto)