(1901-1973): Anarquista russa (verdadeiro nome Ida Gilman). Estudou medicina em Kharkov e em Moscou, cidade onde iniciou seu envolvimento com os círculos anarquistas e onde foi detida por realizar atividades subversivas e anti-soviéticas. Em 1924, para evitar a prisão, foi para o exílio na Polônia. Em 1925, foi para Paris, onde manteve contatos com outros anarquistas russos emigrados como Volin, Archinof e Nicolas Lazarévitch, todos membros do grupo Vontade do Povo. Em 1926, juntamente com Makhno, Archinov, Valevsky e Linsky, Ida participou da criação e redação da Plataforma Organizativa para uma União Geral de Anarquistas, documento assinado pelo Grupo Dielo Truda (Causa Operária), título do órgão do Grupo de Anarquistas Russos no Estrangeiro, jornal no qual Ida Mett realizava tarefas editoriais. Ajudou também na correção das memórias de Nestor Makhno, em 1926 e 1927. Em 1928, Ida juntamente com seu companheiro Nicolas foram excluídos do Grupo Dielo Truda, acusados de realizar ritos religiosos por terem ascendido um círio na cerimônia do funeral do pai de Ida, como era de costume na comunidade judia. Ida e Nicolás iniciaram, na França, Bélgica e Suíça, uma campanha de denúncia e informação sobre as condições de vida em que vivia a classe trabalhadora na Rússia. Editaram o jornal La Libérationsyndicale até serem expulsos da França, em 1928. Foram para a Bélgica passando a frequentar os círculos anarquistas, tornando-se amigos de anarquistas espanhóis que estavam no exílio, entre eles Francisco Ascaso e Buenaventura Durruti. Em 1931, retornam à Bélgica; em 1933, fundam, com Jean De Boë, o jornal Le Réveilsyndicaliste. Em 1936 retorna ilegalmente para a França. Em 1940 ela e o companheiro Nicolas Lazarévitch são presos. Em 1941, graças a intervenções de Boris Souvarine, são colocados em liberdade vigiada. Ida permaneceu na França até a sua morte.