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Há homens, chefes do proletariado, cujos nomes não repercutem na imprensa, talvez porque eles próprios não gostem que se faça estardalhaço em torno de suas pessoas, mas cuja marcante personalidade inspira a milhões, em vista de sua qualidade de autênticos dirigentes do movimento revolucionário. J. M. Sverdlov pertence ao número de homens desse tipo.
Organizador até à medula, organizador por natureza, por hábito, por educação revolucionária, por intuição, organizador em toda a sua intensa atividade — tal é a figura de J. M. Sverdlov.
Que significa ser chefe e organizador em nossas condições, quando o proletariado se encontra no poder? Não significa escolher auxiliares, organizar um escritório e através deste transmitir ordens. Ser chefe e organizador em nossas condições significa, em primeiro lugar, conhecer os seus auxiliares, saber descobrir as suas qualificações e as suas debilidades, saber tratar os auxiliares e, em segundo lugar, saber distribuí-los da seguinte maneira:
J. M. Sverdlov foi justamente esse tipo de chefe e organizador de nosso Partido e de nosso Estado.
O período de 1917 a 1918 foi um período de reviravolta para o Partido e o Estado. Nesse período o Partido pela primeira vez se tornou uma força dirigente. Pela primeira vez na história da humanidade surgiu um novo poder, o poder dos Soviets, o poder dos operáraios e camponeses. Transferir o Partido, até então ilegal, às suas novas posições, criar as bases de organização do novo Estado proletário, encontrar as formas orgânicas das relações entre o Partido e os Soviets, assegurando ao Partido a direção destes e aos Soviets o seu desenvolvimento normal — essa a complexa tarefa de organização que se apresentava então ao Partido. Não há nenhum membro do Partido capaz de negar que J. M. Sverdlov foi um dos primeiros, senão o primeiro, que soube solucionar com perícia e eficiência o problema de organizar os trabalhos de edificação de uma nova Rússia.
Os ideólogos e os agentes da burguesia gostam de repetir lugares comuns no sentido de que os bolcheviques não sabem construir e que apenas seriam capazes de destruir. J. M. Sverdlov e todo o seu trabalho representam uma refutação viva a essas fantasias ridículas. J. M. Sverdlov e seu trabalho em nosso Partido não são uma casualidade. O Partido que fêz surgir um construtor tão insígne como J. M. Sverdlov pode afirmar com segurança que sabe tão bem construir o novo como destruir o velho.
Longe de mim a pretensão de conhecer inteiramente todos os organizadores e construtores de nosso Partido, porém devo dizer que de todos os organizadores incomuns conheço — depois de Lênin— apenas dois dos quais o nosso Partido pode e deve orgulhar-se: I. F. Dubrovinski, que pereceu no exílio em Turukan, e J. M. Sverdlov que se consumiu no trabalho de edificação do Partido e do Estado.
"Na luta pela paz, pela democracia e pela independência nacional, contra a opressão ianque e contra o governo de Vargas, podem e devem ser ganhas as mais amplas forças sociais, inclusive a burguesia nacional. Os artesãos e pequenos comerciantes, os médios patrões, os industriais e comerciantes que sentem as nefastas conseqüências da dominação imperialista poderão formar em tôrno da aliança operário-camponesa para a luta pela independência e o progresso do Brasil. Esta ampla frente democrática de libertação nacional é o caminho único da salvação de nossa pátria, o caminho através do qual será possível alcançar um futuro feliz para o nosso povo. Se soubermos trabalhar com esta justa compreensão da política de frente única de nosso Partido, a unidade democrática e anti-imperialista de nosso povo surgirá pela iniciativa das próprias massas. Para defender a paz, as liberdades, para a luta contra a miséria e a fome, pela soberania da pátria, milhares de comitês surgirão por toda parte, unindo e organizando as grandes massas de nosso povo, atraindo à vida política ativa milhões de brasileiros. O dever dos comunistas está èm impulsionar a atividade das massas, em apontar o justo caminho da unidade e em lutar por ela. Nisto consiste levantarmos em nossa terra a grande bandeira que nos indicou o camarada Stálin, a bandeira da luta pela paz, pelas liberdades e pela independência nacional".
(Do informe "O XIX Congresso do Partido Comunista da União Soviética e as Tarefas de Nosso Partido", de Luiz Carlos Prestes).
Inclusão | 31/12/2010 |