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Como não puderam implantar o neocolonialismo por meio de uma administração fantoche ditatorial e fascista e pelo recurso à «guerra especial», os imperialistas americanos passaram à «guerra local» no Vietname do Sul e desencadearam uma guerra de destruição particularmente encarniçada contra o Norte. No fim de 1965, as tropas americanas e satélites introduzidas no Sul elevavam-se a 200 000 homens.
Os importantes plenários do Comité Central realizados em 1965, colocando-se numa posição radicalmente revolucionária e aplicando um método de análise científico, estudaram de uma maneira aprofundada e sob todos os seus aspectos, a situação criada pela nova estratégia americana. Foram formuladas as seguintes apreciações.
A guerra de agressão americana no Sul era, pelo seu carácter e pelo seu objectivo, uma guerra de agressão visando implantar o neocolonialismo; mas, de uma guerra apoiando-se essencialmente nas tropas fantoches, passou a uma guerra americana, apoiando-se em duas forças estratégicas, a saber: o corpo expedicionário US e o exército fantoche. A guerra tomava um ar cada vez mais áspero e encarniçado. Mas os imperialistas intensificaram e alargaram a guerra quando estavam numa situação de derrota e de passividade e seguiram uma estratégia sem êxito, cheia de contradições: a primeira contradição entre o objectivo político essencialmente neocolonialista e o método empregado foi o envio de um corpo expedicionário com fins de agressão à maneira do colonialismo antigo. A natureza de agressores dos imperialistas americanos e a natureza de traidores da administração e do exército fantoches estavam assim desmascaradas. A contradição entre a nação vietnamita e os americano-fantoches exacerbava-se à escala de todo o país. Em segundo lugar, devido ao carácter injusto da guerra de agressão, o corpo expedicionário americano combatia sem ideal e tinha a hostilidade do povo vietnamita, a reprovação dos americanos progressistas e dos povos do mundo. A sua combatividade só podia ir diminuindo. Apesar dos seus equipamentos modernos, não podia resistir nem à força do nosso exército e do nosso povo unidos no combate, nem defrontar a nossa guerra popular. Em terceiro lugar, ainda que os americanos dispusessem do potencial económico e militar mais poderoso no campo imperialista, a conjuntura mundial e ainda mais a situação nos Estados Unidos não lhes permitiam, a fundo, reforçar indefinidamente as suas tropas no Vietname do Sul, sem ter em conta dificuldades de todas as espécies que daí resultariam no campo de operações vietnamitas, no mundo e até mesmo nos Estados Unidos.
Pelo contrário, as forças revolucionárias do povo vietnamita cresciam em todos os pontos de vista e encontravam-se numa posição muito favorável. No Sul a grande maioria da população estava unida na Frente Nacional de Libertação, organizadora e dirigente de todas as forças patrióticas. As forças armadas de libertação cresciam rapidamente, dando prova de um espírito combativo elevado e instalando-se solidamente em quase todos os sectores estratégicos importantes. O movimento revolucionário nas cidades intensificava-se. As zonas libertadas, embora estruturadas ainda incompletamente, englobavam a maioria da população e consolidavam-se. O Partido Popular Revolucionário, assente numa base ampla e sólida, constituía uma vanguarda heróica, temperada na luta, estreitamente ligada às massas, beneficiando da total confiança do povo, com uma linha e uma política justas e dotada de uma rica experiência no domínio político e militar.
No Norte, com o pensamento constantemente voltado para os nossos irmãos do Sul, tínhamos plena consciência do nosso dever de lutar a seu lado contra a agressão americana, pela salvação nacional. Depois de mais dez anos de revolução e de edificação socialistas, o Norte tinha-se tornado, com forças económicas e militares maiores, a base sólida da revolução em todo o país.
A justa luta do povo vietnamita das duas zonas beneficia cada vez mais da simpatia e do apoio poderoso dos países socialistas irmãos, dos Estados nacionais e dos povos desejosos de paz e de justiça no mundo, e inclusive do povo americano.
Devido às pesadas derrotas do inimigo e devido às nossas grandes vitórias, apesar da introdução no Vietname do Sul de um corpo expedicionário elevando-se a mais de centenas de milhares de homens, a relação de forças permanecia fundamentalmente não alterada. Dispúnhamos de bases sólidas para conservar a iniciativa das operações e reuníamos as condições necessárias para desmantelar todos os projectos imediatos e a longo prazo do adversário.
Partindo destas apreciações o Comité Central afirmou a sua determinação de mobilizar todas as forças do Partido, do exército e do povo para
«fazer fracassar a guerra de agressão americana não importa em que circunstância, a fim de defender o Norte, libertar o Sul, rematar a revolução nacional democrática popular em todo o Vietname e encaminhar-se para a reunificação pacífica do país»(21).
A 5 de Agosto de 1964, os americanos subindo o alvo dos «incidentes do Golfo de Tonkin» enviaram aviões bombardear o Vietname do Norte. A partir de Fevereiro de 1965, intensificavam os seus ataques aero-navais contra a RDVN a fim de contrariar a ajuda da população do Norte à luta do Sul, sabotar a sua edificação do socialismo, enfraquecer a sua vontade de luta, obrigar assim o povo vietnamita das duas zonas a pôr fim à guerra de libertação nas condições impostas pelos agressores.
Face a esta situação, o Partido indicou que a tarefa urgente da Revolução no Norte consistia em operar mudanças importantes tanto na organização como na edificação económica e no reforço do potencial de defesa nacional, assim como no modo de conceber as nossas tarefas revolucionárias.
Era preciso criar no Norte forças suficientes que lhe permitissem defender-se contra os bombardeamentos e o bloqueio, fazer face a uma extensão eventual da guerra por parte do inimigo, qualquer que seja a envergadura, apoiar ao máximo a luta do Sul irmão prosseguindo ao mesmo tempo a edificação do socialismo.
Para perpetrar destruições contra o Norte do nosso país, os imperialistas americanos mobilizavam enormes forças aéreas e navais. A população, sob a direcção do Partido, conservando o seu sangue-frio e dando prova de heroísmo e de engenhosidade, fez fracassar todas as escaladas do inimigo enquanto os nossos compatriotas do Sul alcançavam vitórias após vitórias.
Durante os quatro anos desta guerra de destruição, os americanos cometeram crimes sem nome contra o nosso povo. Concentraram os seus ataques contra as cidades, as capitais de distrito, os centros urbanos e as regiões populosas, massacraram um grande número dos nossos compatriotas. As seis grandes cidades do Norte: Hanói, Hai Phong, Nam Dinh, Thai Nguyen, Viet Tri e Vinh foram todas atacadas por várias vezes; das 30 capitais de distrito, 25 foram várias vezes atacadas, das quais 6 foram completamente destruídas: Dong Hoi, Ninh Binh, Phu Ly, Bac Giang, Yen Bai e Son La. Foram arrasados numerosos centros urbanos como Ha Tu (Quang Ninh) e Ho Xa (Vinh Linh). Crimes ainda mais monstruosos: os imperialistas atacaram os diques e as obras de hidráulica, bombardearam numerosas escolas, estabelecimentos sanitários, sanatórios, igrejas, templos pagãos e templos.
No entanto, sofreram derrotas pesadas nas duas zonas do Vietname. A 31 de Março de 1968, o governo americano viu-se obrigado a começar a «desescalada» declarando limitar os bombardeamentos no Norte. A 1 de Novembro de 1968, teve de parar sem condições os bombardeamentos sobre todo o território da República Democrática do Vietname e entabular conversações com os delegados do nosso Governo e da Frente Nacional de Libertação do Vietname do Sul na Conferência Quadripartida de Paris.
Uma vitória gloriosa coroou assim quatro anos de luta heróica da população do Norte. Segundo estatísticas ainda incompletas, com a data de 1 de Novembro de 1968, abatemos 3 243 aviões de reacção americanos(22), dos quais 6 B.52, 2 aparelhos de geometria variável F-IIIA, matámos ou capturámos milhares de pilotos inimigos, incendiámos centenas de navios de guerra de todas as categorias, vencemos totalmente a guerra de destruição americana.
No princípio, o nosso Partido fez uma apreciação justa dos objectivos estratégicos do inimigo, das possibilidades que ele tinha de os realizar, assim como dos seus pontos fortes e dos seus pontos fracos nos planos político e militar. O nosso Partido soube ver em particular o ponto fraco fundamental da estratégia dos Americanos nesta guerra. Consequente de uma situação de derrota no campo de operações sulvietnamitas, a sua guerra de destruição contra o Norte revestia-se desde o começo dum carácter passivo e, do ponto de vista estratégico, estava de antemão votada ao fracasso. À medida que se intensificava, agravava as suas derrotas e acentuava a sua situação de passividade nas duas zonas.
Para combater a guerra de destruição, o nosso Partido aplicou uma estratégia justa: conduzir uma guerra de resistência de todo o povo, em todos os planos e de longa duração, contar essencialmente com as nossas próprias forças procurando ao mesmo tempo ganhar uma ajuda internacional eficaz.
O nosso Partido, o nosso exército e todo o nosso povo estavam determinados a combater até à vitória total. Esta determinação ficou nitidamente expressa no apelo de 17 de Julho de 1966 do presidente Ho Chi Minh:
«A guerra, diz ele, poderá prolongar-se durante 5 anos, 10 anos, 20 anos ou mais; Hanói, Hai Phong e outras cidades assim como empresas poderão ser destruídas, mas o povo do Vietname não se assusta com isso! Nada é mais precioso que a independência e a liberdade. No dia da vitória, o nosso povo reconstruirá o país maior e mais belo».
Sob a direcção do Partido, a população do Norte levou até ao ponto mais alto a superioridade do regime socialista, assegurando uma justa repartição do trabalho e Uma utilização racional das forças, coordenando estreitamente a sua acção para tirar partido daí na realização das tarefas revolucionárias.
Tal como a resistência no Sul contra a «guerra local» americana, a resistência no Norte contra a sua guerra de destruição constitui um desenvolvimento original e rico em ensinamentos da guerra do povo tanto no plano teórico como no plano prático. É uma base muito importante que permite ao nosso povo alcançar vitórias ainda maiores e fazer malograr não importa que projecto e que forma de agressão dos imperialistas.
Ao fazer malograr a sua guerra de destruição fechámos a porta à sua guerra de agressão contra o Vietname e assestámos um rude golpe na sua vontade de agressão.
No seu apelo de 3 de Novembro de 1968, o presidente Ho Chi Minh mostrou que:
«É uma vitória da linha revolucionária justa do nosso Partido, uma vitória do nosso excelente regime socialista. É a vitória comum das nossas forças armadas e do nosso povo nas duas zonas Sul e Norte. Também é a vitória dos povos dos países irmãos e amigos dos cinco continentes».
A realidade demonstrou que a guerra de destruição americana não pôde contrariar o apoio da zona Norte à zona Sul, nem enfraquecer a firme vontade de todo o nosso povo de lutar contra a agressão, também não pôde entravar a edificação do socialismo na RDVN. Sob numerosos aspectos, o nosso regime socialista reforçou-se. A economia socialista nas suas componentes essenciais manteve-se e em certos ramos tomou um novo impulso. No fogo da guerra, a agricultura colectivizada continuou a testemunhar a potência e a superioridade do modo de trabalho colectivo. Até 1967, 93,7% das famílias aderiram às cooperativas de produção agrícola; o Norte contava com 18 098 cooperativas do tipo superior, agrupando 88,8% dos cooperativistas. 4 655 cooperativas foram dotadas com pequenas instalações mecânicas compreendendo 6 350 máquinas motoras e 9 362 máquinas de trabalho(23); 2 551 cooperativas obtiveram 5 toneladas ou mais por hectare e por ano. A produção industrial mantinha-se no essencial, com descidas em certos ramos, aumentos noutros e um desenvolvimento forte da indústria regional A percentagem da produção industrial na economia nacional passara de 17,2% em 1955 a 49,5% em 1967. A economia regional começava a tomar forma em cada zona estratégica importante. As necessidades essenciais da produção e do combate eram asseguradas, o nível de vida da população estabilizou. A obra cultural, educativa e sanitária não foi travada, continuou o seu ascenso.
As comunicações e os transportes constituíam um dos objectivos essenciais visados pelos bombardeamentos americanos. A sua salvaguarda, considerada como uma tarefa estratégica, retinha a especial atenção do Comité Central do Partido, do governo, dos iramos interessados e das organizações locais do Partido em todos os escalões. A rede de estradas, aparelho circulatório do país, funcionara normalmente, permitindo levar as mercadorias/ao seu destino e aumentar todos os dias o volume das cargas; as diferentes vias de comunicação multiplicaram-se.
A nossa vitória na luta contra a guerra de destruição americana também é devida à linha seguida em matéria de defesa nacional. O nosso Partido colocou este princípio director: todo o povo combate o inimigo, todo o povo realiza o trabalho de defesa nacional. Preconizou o aumento rápido das forças armadas populares. A par com a edificação de divisões regulares modernas, foram criadas armas novas. O reforço do armamento e da capacidade combativa das tropas regionais e das milícias de guerrilha foram objecto de grande atenção. As forças armadas do Norte foram repartidas de maneira a poder fazer face a um eventual desembarque americano.
Os membros do Partido deram provas de dedicação, de heroísmo e de inteligência e mantiveram relações estreitas com as massas para dirigi-las em todos os domínios da produção e do combate. Conseguimos edificar um partido sólido e forte do ponto de vista político, ideológico e organizativo, que pôde realizar a sua pesada missão histórica, a saber: dirigir o povo no seu combate para vencer os agressores americanos e edificar com sucesso o socialismo.
O Partido preocupou-se particularmente em elevar o nível ideológico e teórico dos quadros e dos militantes, em formar e promover quadros jovens e quadros femininos, em formar dezenas de milhares de quadros científicos, técnicos e quadros de gestão económica, em reforçar os comités das organizações locais e das organizações de base do Partido, em melhorar o trabalho de direcção e os métodos de trabalho, em combater a burocracia e o autoritarismo, em chamar a atenção dos quadros e membros para cerrar mais os elos que os uniam às massas. Por outro lado, organizou campanhas de educação para «elevar a moral revolucionária e desembaraçar-se do individualismo», fazer desabrochar o espírito de independência e de soberania e a vontade de «contar com as suas próprias forças», exaltar o sentido das responsabilidades, opor-se a toda a influência do revisionismo e do dogmatismo, defender a pureza do marxismo-leninismo, a união e a coesão no Partido. Entretanto, o Comité Central considerou que os resultados obtidos eram insuficientes e não respondiam ainda à intenção estratégica do Partido na etapa actual. Os nossos sucessos são limitados por numerosas fraquezas e insuficiências. Houve manifestações negativas como a tendência a aproveitar o estado de guerra para usurpar a economia colectiva ou para a enfraquecer, roubar os bens públicos, dedicar-se à especulação e procurar lucro. Quadros e membros do Partido ainda pecam por burocracia e autoritarismo, violam os direitos democráticos do povo e, até numa certa medida, a legalidade socialista. Alguns não se importam seriamente com as condições de vida do povo. Há pessoas que não respeitam a disciplina do trabalho. Desde 1968, o Partido empenhou-se em reforçar a sua direcção no plano económico, em lutar contra o afrouxamento na gestão, em inculcar às massas a consciência de serem o dono colectivo do país.
A linha e o método de acção revolucionários do nosso Partido, impregnados de espírito de independência e de soberania e de espírito criador, reflectem a perseverança, a indomabilidade, o heroísmo, a inteligência do nosso povo decidido a tornar-se o dono do seu destino. Respondendo ao apelo do Partido, do governo e do presidente Ho Chi Minh, a população do Norte desencadeou um poderoso movimento de resistência contra a agressão americana, conduzindo a par a produção e o combate, ultrapassando-se com um entusiasmo impetuoso para realizar numerosas façanhas. Sob a direcção do Partido, o nosso povo determinado a combater e a vencer cresceu rapidamente na linha de combate. As forças armadas populares deram um forte impulso ao movimento de estímulo «determinados a vencer» e arvoraram a palavra de ordem «Apontar ao inimigo bem de frente». Operários e operárias, com o martelo firme numa mão e a espingarda na outra, dando prova de aplicação no trabalho e de espírito criador na produção, de heroísmo e de engenhosidade no combate, defenderam as empresas e desenvolveram a produção. O movimento de estímulo para fazer horas suplementares em proveito da resistência, desenvolver o espírito de iniciativa, melhorar a técnica e a gestão, atingir «Os Três máximos» (máxima produtividade, máxima qualidade, máximo de economia) está em efervescência tanto nas empresas industriais como nos estaleiros e nas quintas de Estado. Os camponeses cooperativistas, com a charrua firme numa mão e a espingarda na outra, laboriosos e valentes no trabalho, lutam energicamente contra as calamidades naturais e os ataques inimigos; rivalizam em ardor para atingir os três objectivos da produção agrícola: um trabalhador, 5 toneladas de pão, 2 porcos por hectare. Os intelectuais rivalizam em ardor para pôr em execução as suas «Três determinações»: bem servir a produção e o combate; impulsionar a revolução técnica, a revolução ideológica e cultural; fortificar e desenvolver as fileiras dos intelectuais socialistas. O movimento dos «Três prontos»(24) torna-se um vasto movimento dos jovens. Quanto às mulheres, o movimento «Três tarefas»(25) desenvolve o ardor revolucionário e os espírito de abnegação sem limites da mulher vietnamita que ultrapassa todas as dificuldades tanto na produção como no combate. Por outro lado, os movimentos de estímulo dos «Dois bens»(26) nos docentes e nos alunos, dos «Três melhoramentos»(27) nos quadros e empregados, dos «Dois excelentes»(28) num certo número de regiões e das «Mil boas acções» dos pioneiros e das crianças, harmonizando-se com os movimentos supracitados, criaram um movimento de estímulo efervescente, jamais conhecido no nosso país.
O movimento de estímulo na luta contra a agressão americana pela salvação nacional encerra um significado profundo. O patriotismo e o internacionalismo proletário do nosso povo desenvolvem-se ao mais alto grau, porque
«o nosso povo combate e sacrifica-se não só pela sua liberdade e a sua independência mas ainda pela liberdade e a independência de todos os povos e pela paz no mundo»(29).
É por esta razão que a humanidade progressista apoia calorosamente a nossa luta e reconhece que
«a luta do povo vietnamita é a bandeira de vanguarda, o centro e o ponto culminante da luta revolucionária das massas trabalhadoras e dos povos oprimidos do mundo contra os imperialistas americanos»(30).
A nossa luta patriótica contra a agressão americana provou a grande vitalidade e a excelência do regime socialista e da ditadura de democracia popular instituídos no Norte do nosso país.
O desembarque cada dia mais massivo do corpo expedicionário no Vietname do Sul exacerba a contradição entre a nação vietnamita e os imperialistas americanos à escala de todo o país e impõe nitidamente a todo o povo vietnamita no Norte e no Sul a tarefa sagrada de resistir à agressão americana pela salvação nacional. O nosso povo combate segundo a palavra de ordem «Todos para vencer os agressores americanos».
Em Março de 1965, a Frente Nacional de Libertação sublinhou na sua declaração:
«O povo sulvietnamita e as suas forças armadas nunca deixarão as armas enquanto os seus objectivos fundamentais: independência, democracia, paz e neutralidade, não forem realizados. Continuará a assestar golpes terríveis aos agressores americanos e aos seus lacaios e alcançará inevitavelmente a vitória final».
Na sua alocução à Assembleia (III legislatura, 2.ª sessão) da RDVN, o presidente Ho Chi Minh afirmou a 10 de Abril de 1965:
«Mesmo que o governo americano ainda desembarque centenas de milhares de homens e procure arrastar nesta guerra criminosa novos soldados dos países satélites as nossas forças armadas e o nosso povo continuarão determinados a combatê-los e a vencê-los.
«A declaração da Frente Nacional de Libertação exaltou este espírito heróico. O apelo da Frente da Pátria do Vietname reafirmou esta vontade inabalável.
«O governo da República Democrática do Vietname proclamou de novo solenemente a sua posição inalterável que tem por objectivo «salvaguardar energicamente a independência, a soberania, a unidade e a integridade territorial do Vietname. O Vietname é um, a nação vietnamita é una, ninguém pode violar estes direitos sagrados do nosso povo.»
Respondendo ao apelo do presidente Ho Chi Minh, a população do Sul que, sob a direcção da FNL, conserva a iniciativa das operações, desencadeou ataques contínuos aniquilando não só as forças fantoches em grandes combates, mas ainda importantes tropas americanas.
Os imperialistas tinham atribuído a sua derrota na «guerra especial» à inferioridade das tropas fantoches, a qual teria impedido a superioridade americana em efectivos e em armamento de produzir o seu pleno efeito. Agora que o seu corpo expedicionário conduz directamente a guerra e ele próprio utiliza o armamento americano para massacrar o povo vietnamita, nenhuma força, pensam eles, conseguiria resistir-lhes. Perante esta situação, o nosso povo deve combater e vencer absolutamente o corpo expedicionário; para ele é uma questão de vida ou de morte. Com a vigorosa determinação com que o presidente Ho Chi Minh nos armou desde a primeira resistência: «Antes sacrificar tudo que perder a independência, que recair na escravatura», as forças armadas e a população do Sul ultrapassaram gloriosamente o seu primeiro confronto com o corpo expedicionário americano em Van Tuong (Quang Ngai) em Agosto de 1965. Uma unidade das forças armadas populares de libertação, de acordo com milícias de guerrilha, fez fracassar heroicamente a primeira grande operação de purga americana efectuada por 8 000 Gls apoiados pela aviação e pela marinha. Tal como a batalha de Ap Bac inaugurara em Janeiro de 1963 um poderoso movimento de aniquilamento das tropas fantoches organizadas, instruídas, equipadas e comandadas pelos americanos, a batalha de Van Tuong desencadeou um poderoso movimento de aniquilamento das tropas US. A vitória de Van Tuong provou que é absolutamente possível vencer militarmente os Americanos na «guerra local», ainda que as forças patrióticas tenham que combater ao mesmo tempo tropas americanas e fantoches.
Esta possibilidade de vencer os americanos tornou-se uma realidade desde a campanha de Inverno-Primavera 1965-1966 com a gloriosa vitória das nossas forças que quebraram a primeira contra-ofensiva estratégica da estação seca(31) conduzida por duzentos mil homens das tropas americanas e satélites e meio milhão de soldados fantoches. A segunda contra-ofensiva inimiga do Inverno-Primavera de 1966-1967, com mais de quatrocentos mil Gls e mais de meio milhão de soldados fantoches foi igualmente um fiasco. No decorrer destas duas estações secas, o povo sulvietnamita pôs fora de combate 290 000 inimigos dos quais 128 000 americanos e satélites. Esta vitória das forças patrióticas que desmantelou totalmente a estratégia americano-fantoche dita de duas mandíbulas da tenaz: «procurar-destruir» e «pacificar», abalou o moral do inimigo e suscitou novas contradições nas suas fileiras.
Além disso a luta política mantinha-se e desenvolvia-se nas condições de um confronto directo com o corpo expedicionário US, marcado por uma série de acções que se desenrolaram desde o princípio de 1966 em quase todas as cidades do Sul, de uma maneira particularmente violenta em Hué e em Da Nang, com palavras de ordem que exigiam o derrube dos fantoches e a retirada das tropas americanas.
Com base nestas vitórias, o Congresso extraordinário da FNL adoptou em Agosto de 1967 um Programa político a fim de alargar a Frente Nacional Única e conduziria luta revolucionária até à vitória total. Após o Congresso, o Comité Central da FNL decidiu dar à luta uma nova orientação estratégica abrindo uma nova frente nas cidades, coordenando a ofensiva geral das forças armadas com a mobilização das massas urbanas por todo o país para a conquista insurreccional do poder.
De acordo com esta nova orientação, a 30 de Janeiro de 1968, as forças armadas de libertação e os nossos compatriotas do Sul levantaram-se simultaneamente em 64 cidades, capitais de distrito e nalgumas regiões rurais à volta das cidades. O poder revolucionário foi instaurado em Hué e em numerosas regiões rurais de novo libertadas. Apareceu em Saigão e em Hué a Aliança das forças nacionais, democráticas e de paz. A Frente Nacional Única contra a agressão americana alargara-se.
A ofensiva e os levantamentos generalizados da Primavera de 1968 foram um golpe terrível para os americanos e para os fantoches; não só aniquilaram importantes forças vivas do inimigo, destruíram uma massa considerável dos seus meios de guerra, mas ainda desmantelaram a sua posição estratégica, obrigando-o a abandonar precipitadamente o seu plano «procurar, destruir e pacificar» para passar a uma estratégia defensiva «purgar e conservar». Dispondo de mais de um milhão de soldados americanos e fantoches, os donos da Casa Branca e do Pentágono queixavam-se no entanto de penúria de efectivos. As regiões rurais ficaram sem defesa; o plano de «pacificação» tinha sido um fracasso. O inimigo tinha que entrincheirar-se nas cidades onde apesar de uma defesa reforçada, era permanentemente ameaçado a ser atacado de surpresa pelas forças patrióticas.
Pelo contrário, para o exército de libertação e para o povo do Sul, a situação militar nunca foi tão favorável e a sua posição estratégica tão sólida como desde a ofensiva e os levantamentos generalizados de 1968. A revolução não só se instalou fortemente nas regiões montanhosas e no campo, mas ainda abriu uma nova frente nas cidades. A guerra revolucionária foi levada até às tocas dos americano-fantoches. Os organismos dirigentes e as bases nevrálgicas do inimigo duramente atacados ficaram perturbados.
A ofensiva e os levantamentos generalizados de 1968 constituíam um processo cujas diferentes vagas se sucederam sem interrupção, combinadas com ataques intermitentes. À medida que se intensificavam os combates, o nosso povo aumentou a sua potência e decuplicou as suas forças. Foram postos fora de combate 630 000 inimigos dos quais 230 000 americanos e satélites em 1968, 330000 inimigos dos quais 145 000 americanos e satélites, nos seis primeiros meses de 1969. A partir de Janeiro de 1969, os imperialistas americanos viram-se obrigados a ter conversações com a delegação da FNL na Conferência Quadripartida de Paris. Assim, o povo sulvietnamita abriu uma nova frente, a frente diplomática. Na tripla frente militar, política e diplomática, lançou constantemente ofensivas e alcançou grandes vitórias; a zona libertada alargou-se a muitos lugares até mesmo aos próprios arredores das cidades. O poder revolucionário instaurou-se não só à escala de comunas e de distritos, mas ainda de províncias e de grandes cidades.
A 6 de Junho de 1969 a Frente Nacional de Libertação, a Aliança das forças nacionais, democráticas e de paz assim como as outras forças patrióticas reuniram-se num Congresso de Representantes do povo e elegeram por unanimidade o Governo Revolucionário Provisório da República do Vietname do Sul e o Conselho de Ministros do Governo. O aparecimento do Governo Revolucionário Provisório é uma vitória de alcance decisivo no processo de edificação do poder revolucionário no Vietname do Sul, um poder verdadeiramente nacional e democrático. Abalou até aos alicerces o poder fantoche pró-americano.
Sob a direcção da Frente Nacional de Libertação e sob o poder revolucionário, foram realizadas reformas democráticas, principalmente no domínio da política agrária. A palavra de ordem «a terra a quem a trabalha» tornou-se uma realidade. A grande maioria dos camponeses recebeu terras. A produção agrícola e artesanal desenvolveu-se. A obra cultural, educativa e sanitária também registou resultados importantes. As reformas democráticas começam a ser aplicadas nas zonas libertadas pondo em evidência as contradições profundas entre os dois regimes que se opõem actualmente no Sul: o regime de democracia popular e o regime neo-colonialista. A revolução sulvietnamita provém de forças em pleno desabrochar de um regime transbordante de vitalidade; estas forças combatem os elementos decadentes e podres que se apoiam num regime retrógrado saído do neocolonialismo americano. O desenvolvimento histórico da revolução sulvietnamita desde a ofensiva e os levantamentos generalizados de 1968, anunciam a derrota final inevitável dos imperialistas americanos e dos seus lacaios. Como afirmou o presidente Ho Chi Minh na sua mensagem de 4 de Fevereiro de 1968:
«A vitória da Primavera das forças armadas e da população do Sul colocou a luta patriótica contra a agressão americana numa nova situação muito favorável. Ninguém pode salvar os Americanos e os seus lacaios do desmoronamento.»
No entanto, o inimigo teima nos seus objectivos e devemos prosseguir com perseverança a resistência para conduzi-la até à vitória total. É o que dizia o presidente Ho Chi Minh no seu apelo de 20 de Julho de 1969:
«A derrota dos imperialistas americanos é evidente mas continuam a agarrar-se ao Sul do nosso país. As nossas forças armadas e todo o nosso povo, estreitamente unidos, exaltando o seu heroísmo revolucionário e não temendo nem os sacrifícios, nem as privações, estão determinados a prosseguir e a intensificar a resistência, a combater e a vencer até à retirada total das tropas americanas e o desmoronamento do exército e da administração fantoches a fim de libertar o Sul, defender o Norte e encaminhar-se para a reunificação pacífica do país».
Actualmente, a população das duas zonas do Vietname ataca continuamente o inimigo em três frentes: militar, política e diplomática. A posição em 4 pontos(32) da RDVN e a Solução global em 10 pontos(33) da FNL e do Governo Revolucionário da República do Vietname do Sul, expressão clara e nítida de uma justa causa, encurralaram os imperialistas americanos e os seus lacaios numa situação bastante embaraçosa e para a passividade. Sob a direcção sagaz da FNL e do Governo Revolucionário Provisório da República do Vietname do Sul, a população do Sul quebra de uma maneira contínua os esforços desesperados dos imperialistas americanos para «vietnamizar» a guerra.
A confiança do nosso povo na vitória final da luta patriótica contra a agressão americana, na vitória inevitável da revolução nacional democrática popular no Sul e na obra de reunificação pacífica do país, fundamenta-se em bases científicas reais:
1 — O nosso povo beneficia da direcção sagaz e justa do Partido dos Trabalhadores e da Frente Nacional de Libertação do Vietname do Sul. Esta direcção concretiza a aplicação criadora do marxismo-leninismo às condições concretas da luta revolucionária e da guerra do povo no nosso país.
2 — Sob a direcção do Partido e do presidente Ho Chi Minh, o bloco de união de todo o povo vietnamita, baseado na aliança dos operários e dos camponeses, consolida-se cada vez mais e as nossas tradições de união nacional e de luta indomável desenvolvem-se poderosamente.
3 — Sob a direcção do nosso Partido e da FNL do Vietname do Sul, a guerra do povo tornou-se invencível, fazendo fracassar constantemente a guerra injusta dos imperialistas americanos baseada em concepções militares burguesas ultrapassadas. As forças armadas populares vietnamitas transformam-se pouco a pouco num exército revolucionário poderoso, habituado aos combates, bem temperado e forte das suas tradições de luta e de vitórias.
4 — Beneficiamos da simpatia, do apoio e da ajuda dos países socialistas irmãos, da simpatia e do apoio dos povos do mundo e inclusive da população progressista dos Estados Unidos.
Entre os factores supracitados, a direcção do nosso Partido, o partido do presidente Ho Chi Minh, armado do marxismo-leninismo, constitui o elemento mais decisivo.
Baseando-se na experiência que o nosso povo adquiriu nas duas guerras de resistência de longa duração, ontem contra os colonialistas franceses e hoje contra os imperialistas americanos, o presidente Ho Chi Minh indicou:
«Pela sua própria experiência, o povo vietnamita convenceu-se firmemente que nas condições da época actual favoráveis ao movimento revolucionário, uma nação mesmo pequena poderá sem dúvida nenhuma vencer os imperialistas agressores, quaisquer que sejam, e inclusive o seu chefe de fila — os imperialistas americanos —, se estiver estreitamente unida e lutar resolutamente segundo uma linha política e militar justa, e se, por outro lado, beneficiar do apoio e da ajuda activa do campo socialista e dos povos revolucionários no mundo»(34).
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A 3 de Setembro de 1969, quando o povo vietnamita do Norte e do Sul intensificou a luta patriótica contra a agressão americana, o presidente Ho Chi Minh, líder respeitado e amado da nossa classe operária, do nosso povo, de toda a nação vietnamita, combatente do movimento comunista internacional e do movimento de libertação dos povos, deixou-nos. O Partido, o exército e a população das duas zonas Sul e Norte do Vietname sentiram dolorosamente este pesar cruel. Toda a humanidade progressista partilha a dor do nosso povo. O nosso Partido, a nossa Assembleia Nacional e o nosso Governo receberam de 121 países mais de 23 000 telegramas e cartas de condolência. Quarenta delegações estrangeiras vieram a Hanói assistir ao funeral. Um grande número de países pôs luto ou organizou cerimónias à memória do grande desaparecido.
O falecimento do presidente Ho Chi Minh é uma grande perda para o nosso Partido e para o nosso povo. Mas recebemos uma herança particularmente preciosa. É a sua obra grandiosa e o seu exemplo brilhante.
Deixou ao nosso Partido e ao nosso povo um Testamento histórico. Recomendou-nos a reforçar a união e a coesão no seio do Partido:
«Que todos os camaradas, desde o Comité Central às células de base, preservem a união e a coesão do Partido como a menina dos olhos... O Partido deve conservar a sua perfeita pureza e tornar-se digno do seu papel de dirigente, de servidor verdadeiramente fiel do povo».
Lembrou a necessidade de educar os membros da Juventude trabalhadora e todos os nossos jovens para fazer deles os continuadores ao mesmo tempo «vermelhos» e «experientes» da edificação do socialismo, de empenhar-se a formar e a educar as gerações revolucionárias do futuro, de
«pôr em pé um bom plano para desenvolver a economia e a cultura a fim de elevar sem cessar o nível de vida do povo».
No que respeita à luta contra a agressão americana, pela salvação nacional, recomendou-nos a prosseguir com perseverança a resistência até à vitória total quaisquer que sejam as dificuldades e as privações.
Ao referir-se ao movimento comunista internacional,
«deseja que o nosso Partido trabalhe com todas as suas forças e contribua de uma maneira eficaz para o restabelecimento da união entre os partidos irmãos com base no marxismo-leninismo e no internacionalismo proletário, segundo as exigências da razão e do coração».
O Testamento do presidente Ho Chi Minh constitui um grande documento histórico, concretizando o seu espírito revolucionário radical, o seu pensamento, o seu moral e os seus sentimentos de uma grande pureza; é um farol que ilumina a via da união combatente do nosso Partido e do nosso povo para a realização destas tarefas tão pesadas como gloriosas: rematar a obra de libertação nacional, realizar a democracia popular, edificar o socialismo e o comunismo no nosso país.
O Bureau político lançou uma campanha no Partido, no exército e em todo o povo com vista a «esquecer a sua dor em actos revolucionários», a realizar o Testamento cumprindo os juramentos de honra que o camarada Le Duan, Primeiro Secretário, prestou em seu nome quando da cerimónia solene à memória do grande desaparecido a 9 de Setembro de 1969 na Praça Ba Dinh:
— «Agitar sem desfalecer a bandeira da independência nacional, estar resoluto a combater e a vencer os agressores americanos, a libertar o Sul, a defender o Norte, a reunificar o país a fim de cumprir todos estes votos que ele tinha no coração.
— «Continuar com todas as forças o combate pela realização dos nobres ideais do socialismo e do comunismo que ele traçou à nossa classe operária e ao nosso povo para a prosperidade do nosso país e a felicidade dos nossos compatriotas.
— «Consagrar todas as nossas forças a preservar a união e a coesão do Partido como a menina dos nossos olhos, a reforçar a sua combatividade, a fazer dele o centro do bloco de união nacional para assegurar o sucesso total da obra revolucionária da classe operária e do povo vietnamita.
— «Cultivar os puros sentimentos internacionalistas que sempre inspiraram o presidente Ho Chi Minh, contribuir de todo o coração para restabelecer e reforçar a união e a coesão no seio do campo socialista e entre os partidos irmãos com base no marxismo-leninismo e no internacionalismo proletário; cerrar os elos de solidariedade e de amizade entre os povos da Indochina, apoiar com todas as nossas forças o movimento revolucionário dos povos, contribuir activamente para a luta mundial pela paz, pela independência nacional, pela democracia e pelo socialismo.
— «Dedicar toda a nossa vida a ter como exemplo o seu moral e o seu estilo de trabalho, a cultivar as virtudes revolucionárias, a não temer nem as dificuldades, nem os sacrifícios, a temperarmo-nos para tornarmo-nos militares fiéis ao Partido e ao povo, para tornarmo-nos dignos de sermos camaradas e discípulos do presidente Ho Chi Minh. Seguindo o seu exemplo, que todo o nosso povo, toda a nossa juventude se empenhem em aperfeiçoar-se para se transformarem em homens novos, donos do seu país, donos da nova sociedade, que levarão a bandeira invencível do presidente Ho Chi Minh até ao objectivo final.»
A 23 de Setembro de 1969, a Assembleia Nacional (III legislatura, 5.ª sessão) rendeu solenemente homenagem à memória do presidente Ho Chi Minh e elegeu por unanimidade os camaradas Ton Duc Thang e Nguyen Luong Bang, Presidente e Vice-Presidente da República Democrática do Vietname
Continuando a tradição Histórica de quarenta anos de luta do nosso Partido, tomando como exemplo o pensamento, o moral e o estilo de trabalho do presidente Ho Chi Minh, todo o nosso Partido, todo o nosso exército e todo o nosso povo estão determinados a rivalizar de estímulo patriótico, a desenvolver os seus pontos fortes e a ultrapassar as suas fraquezas e insuficiências a fim de conduzir a luta patriótica contra a agressão americana assim como a revolução socialista até à vitória total.
Notas de rodapé:
(21) Resolução do XII Plenário do Comité Central do Partido, em Dezembro de 1965. (retornar ao texto)
(22) 3370 em Novembro de 1970. (retornar ao texto)
(23) Bombas hidráulicas, debulhadoras, descortiçadoras e máquinas de moer. (retornar ao texto)
(24) Pronto a combater; pronto a alistar-se no exército; pronto a ir não importa para onde, a fazer não importa que trabalho segundo as exigências da pátria. (retornar ao texto)
(25) Assegurar a produção e os trabalhos especiais, assegurar os trabalhos de casa; assegurar o serviço de combate e combater. (retornar ao texto)
(26) Bem ensinar e bem estudar. (retornar ao texto)
(27) Melhorar o trabalho, melhorar a organização e melhorar o método de trabalho. (retornar ao texto)
(28) No combate, na produção. (retornar ao texto)
(29) Ho Chi Minh: Contra a agressão americana. (retornar ao texto)
(30) Resolução sobre o Vietname com data de 14 de Janeiro de 1968 do Congresso Internacional da Cultura em Havana. (retornar ao texto)
(31) No Sul, a estação seca dura 7 meses, de Outubro a fim de Abril. (retornar ao texto)
(32) Os 4 pontos da RDVN podem resumir-se no seguinte: 1) Reconhecimento dos direitos nacionais fundamentais do povo vietnamita: paz, independência, soberania, unidade e integridade territorial. 2) Com respeito à reunificação pacífica do Vietname, respeito escrupuloso das cláusulas militares dos Acordos de Genebra de 1954 sobre o Vietname. 3) Os assuntos do Vietname do Sul devem ser resolvidos pela própria população sulvietnamita. 4) A questão da reunificação pacífica do Vietname deve ser resolvida pelo povo vietnamita das duas zonas. (retornar ao texto)
(33) Os 10 pontos da FNL e do GRP da RVS podem resumir-se no seguinte: 1) Respeito dos direitos nacionais fundamentais do povo vietnamita, a saber: a independência, a soberania, a unidade e a integridade territorial. 2) O governo dos Estados Unidos deve retirar totalmente sem condições do Vietname do Sul as tropas e o pessoal militar americanos e satélites assim como as suas armas e material de guerra. 3) O direito do povo vietnamita a defender a sua pátria é um direito de legítima defesa sagrado e inviolável. A questão das forças armadas vietnamitas no Vietname do Sul será regulada de comum acordo pelas partes vietnamitas. 4) A população do Vietname do Sul regulará ela própria os seus assuntos sem ingerência estrangeira. 5) No período que vai desde o restabelecimento da paz até às eleições gerais, nenhuma parte imporá o seu regime político à população sulvietnamita. 6) O Vietname do Sul porá em prática uma política de paz e de neutralidade. 7) A reunificação do Vietname será realizada gradualmente pela via pacífica com base em discussões e acordos entre as duas zonas, sem ingerência estrangeira. 8) As duas zonas Norte e Sul do Vietname comprometem-se a abster-se de toda a participação numa aliança militar com países estrangeiros, a não permitir a nenhum país ter bases militares, tropas e pessoal militar no seu território, a não reconhecer a protecção de nenhum país, aliança ou bloco militar, quaisquer que sejam. 9) Regulamento das sequelas de guerra: a) As partes negociarão a libertação de militares capturados durante a guerra. b) O governo dos Estados Unidos deve assumir inteira responsabilidade pelas perdas e pelas destruições que causou ao povo vietnamita nas duas zonas. 10) As partes acordarão numa vigilância internacional com respeito à retirada do Vietname do Sul das tropas, do pessoal militar, das armas e do material de guerra dos Estados Unidos assim como dos seus satélites. (retornar ao texto)
(34) Ho Chi Minh: A grande Revolução de Outubro abriu a via para a libertação dos povos, Ed. Su That, 1967, pp. 17 e 18. (retornar ao texto)
Inclusão | 09/01/2015 |