Os S.U.V. em Luta
(manifestos, entrevistas, comunicados)


O que são os S.U.V.
OS PONTOS NOS ii... NADA DE CONFUSÕES!


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As iniciativas levadas a cabo pelo SUV impuseram já a nossa organização como uma força capaz de unificar e de mobilizar à escala nacional as mais amplas camadas de soldados e marinheiros.

Ao lutar pela defesa dos direitos dos trabalhadores fardados. ao lutar contra as manobras e as conspirações da reacção, ao lutar pelo desenvolvimento do Poder Popular, o SUV tinha que tomar-se uma organização que a burguesia (civil e militar) tem todas as razões para temer. A reacção capitalista teme os SUV porque a sua luta vem precisamente ameaçar as intenções dos reaccionários de converter as Forças Armadas num instrumento de repressão das massas trabalhadoras.

Não têm por isso faltado ataques e calúnias de toda a ordem contra o SUV, promovidas e financiadas pelos capitalistas, através dos seus partidos e de sua imprensa. Nestas manobras difamatórias da reacção, cujo ponto mais alto é a entrevista do Major Aventino Teixeira ao Jornal «A Luta», inclui-se a campanha histérica do MRPP/RPAC contra o SUV.

Porém, cada nova acção do SUV tem vindo precisamente a desmentir, da forma mais clara, todas as atoardas da reacção capitalista e a demonstrar — pela unidade e independência das suas iniciativas — a rigorosa autonomia do SUV face a quaisquer partidos ou linhas partidárias.

É por isso que quase se tomaria desnecessário desmentir as insistentes insinuações de certa imprensa a respeito de ligações (ou perspectivas de fusão...) do SUV com certas estruturas como a CDAP ou com a ARPE. De facto, os objectivos do SUV — expressos no seu MANIFESTO de 21-9-75— nomeadamente o de lutar pela organização autónoma dos trabalhadores fardados, ao lutar pela constituição de COMISSÕES DE SOLDADOS eleitas e revogáveis a todo o momento, distinguem-se claramente dos objectivos que norteiam a actuação de organizações como a CDAP ou ARPE.

Assim, o SUV nada tem a ver com o MFA, com as suas estruturas e com as suas lutas intestinas. O SUV não pretende operar uma «viragem à esquerda» do MFA, nem tão-pouco «colocar militares revolucionários no Conselho da Revolução». O SUV luta, sim, lado a lado com todos os trabalhadores, pela «preparação das condições que permitam a destruição do Exército burguês e a criação do braço armado do poder dos trabalhadores: o Exército Popular Revolucionário».

Já o mesmo não se passa com a CDAP e, designadamente, com a ARPE. De facto, no «Manifesto da ARPE» esta organização coloca-se declaradamente no terreno dos conflitos burocráticos e golpistas, internos ao MFA, pedindo «uma representação condigna dos soldados na Assembleia do Exército e na Assembleia do MFA»...

Não é nem será esse o terreno de luta dos SUV. A experiência de luta do SUV já provou que, contra a repressão militarista, contra os «saneamentos à esquerda», contra a dissolução das unidades progressistas, contra a tentativa de criação de corpos armados para a repressão dos trabalhadores, o caminho a seguir é bem diferente. De facto, aquilo que permitiu libertar dois militares das masmorras da Trafaria, aquilo que permitiu apoiar consequentemente a luta dos camaradas do CICAP, aquilo que tem paralisado as tentativas de constituição do AMI são precisamente a organização unitária dos soldados, são a sua independência completa face ao MFA, são o sua iniciativa de combate lado a lado com as massas trabalhadoras e com os órgãos do Poder Popular. É este igualmente o caminho a seguir para derrotar as conspirações e as intentonas reaccionárias e fazer das massas de trabalhadores fardados (os soldados e marinheiros) os aliados revolucionários dos operários e camponeses para o triunfo da Revolução.

OPERÁRIOS E CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS, UNIDOS VENCEREMOS!
O SUV, VENCEU! O SUV, VENCERA!

S.U.V. / R.M.L SOLDADOS UNIDOS VENCERÃO
11/10/1975

continua>>>
Inclusão 21/04/2019