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Este trabalho tem como objetivo principal dar ao leitor, de forma acessível, algumas noções de Economia Política. É muito mais fácil escrever um livro de centenas de páginas sem a preocupação de simplificar as noções; mas, nesse caso, é muito mais difícil fazer com que o leitor não especializado as assimile. É necessário que o público possua algumas noções desta ciência, principalmente num país como o nosso, onde, dia a dia, os problemas econômicos despertam maiores interesses.
O presente estudo deseja ser útil, mostrando as relações economicas tais como elas existem. Adota a teoria marxista, por ter sido Karl Marx o maior dos economistas que estudaram a realidade econômica sem o interesse de disfarçá-la; pelo contrário, o que mais o caracterizou foi a sua sua paixão pela verdade. Os conceitos de Marx não são verdadeiros apenas pelo simples fato dele os ter enunciado, mas simplesmente porque Marx só afirmava um coisa quando a considerava de acordo com a realidade social, de fácil comprovação.
A verdade é a mais poderosa arma teórica do proletariado. Se em certo sentido, pode dizer-se que existe uma ciência burguesa e uma ciência proletária (no sentido de que está a serviço de uma ou de outra classe), se tomarmos os conceitos no seu valor exato, podemos afirmar: existe apenas uma ciência, a que investiga a realidade, e essa ciência é proletária.
A burguesia e o seu regime possuem privilégios, que os obrigam a encobrir os fatos. Por que chamar de científica (ainda que as acompanhemos com o qualificativo de burguesas) às suas afirmações interessadas?
Os intelectuais burgueses, principalmente, os economistas são obrigados, deturpando a verdade matemática, a dizer que dois mais dois são cinco. Chamaremos a “isso” aritmética burguesa e diremos que a aritmética proletária afirma que dois mais dois são quatro? Evidentemente que não. Diremos simplesmente que isso não é aritmética, mas apenas deformação propositada da mesma.
A ciência “foi” burguesa. Naquela época, como não podia deixar de ser, a ciência e a verdade favoreciam a burguesia e prejudicavam os interesses do teologismo feudal. Hoje, a ciência é “proletária”, porque em todas as suas conclusões favorece o proletariado(1). Amanhã ela será simplesmente Humana.
Os economistas a serviço dos privilegiados deformam a “ciência econômica” e procuram complicá-la, afim de afastá-la do alcance da maioria da população.
Se conseguir fazer o contrário, neste trabalho, terei cumprido o meu desejo de divulgar a “Economia Política Marxista”.
Notas de rodapé:
(1) Quando dizemos que a ciência é proletária, queremos dizer que todas as conclusões científicas favorecem às aspirações históricas dessa classe e não que, atualmente, a “ciência” oficial dos países burgueses esteja a serviço do proletariado. E, ainda mais, negamos o direito de intitular-se ciência à deformação burguesa da mesma. (retornar ao texto)
Inclusão | 10/07/2016 |