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Fonte: Revolta Nº. 6; Jornal datilografado de Outubro de 1975.
Transcrição e HTML: Graham Seaman.
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A situação política-militar actual caracteriza-se por uma vigorosa ofensiva da reacção fascista.
Essa ofensiva verifica-se nas tentativas de destruição dos orgãos de vontade popular, na imposição da censura fascista aos orgãos da informação e tentativa de destruir a Rádio Renascença e o Republica, aqueles que mais claramamente se têm posto ao serviço da luta dos trabalhadores, no desencadear da repressão violenta sobre manifestações populares à boa maneira fascista, onde tem papel de relevo o nazi Jaime Neves, nas perseguições ferozes aos deficientes das F.A., na ocupação da R.R., na perseguição aos manifestantes anti-fascistas na Embaixada de Espanha, etc.
Mas essa ofensiva reaccionária verifica-se também com grande força a nível militar. Começando com uma vaga de saneamentos à esquerda, ela aparece com mais força na tentativa de dissolução do COPCON e criação do AMI, força de caracteristicas nitidamente fáscistas com o fim único da repressão violenta.
Essa ofensiva reaccionária não aparece por acaso. Ela é a resposta da burguesia no poder às lutas cada vez mais avançadas dos trabalhadores e à ligação a estas lutas das dos soldados e marinheiros. Partindo de lutas por objectivos económicos, os soldados e marinheiros vão tomando cada vez mais consciencia da sua posição de classe e percebendo que a sua luta faz parte integrante da luta mais geral dos explorados contra os seus exploradores.
Hoje a luta dos soldados é claramente uma luta política - a luta ao lado dos operários e camponeses, pela conquista da Independência Nacional, das liberdades democráticas nos quartéis e pela melhoria das condições de vida. Estes, os nossos objectivos na caminhada que temos de percorrer para atingirmos um estado de DEMOCRACIA POPULAR.
A manifestação de 20 de Agosto marca claramente o fim da luta meramente económica dos soldados e a sua entrada na luta política generalizada em defesa dos seus interesses de classe, contrapostos aos da burguesia. Muitos têm sido os episódios importantes da luta dos soldados ao lado dos operários e camponeses nossos irmãos de classe, mas parecem-nos extremamente importantes as lutas dos nossos camaradas da PM, do RI5 (Caldas), da EPI, da BA-11 (Beja) e do CICAP (Porto) e RASP.
CAMARADAS:
O movimento revolucionário dos soldados, como movimento político que passou a ser e é cada vez mais, tem de ter uma direcção e uma ideologia. Essa ideologia e essa direcção política só podem ser a ideologia proletâria e a direcção do proletariado, porque só a classe operária é consequente e ela é a classe mais revolucionária. Este salto qualitativo do movimento revolucionário dos soldados e marinheiros é consequência de todo um trabalho de agitação, propaganda e organização que desde os tempos do fascismo e da guerra colonial vem sendo desenvolvida clandestinamente no interior das forças armadas pelos COMITES DE SOLDADOS E MARINHEIROS VERMELHOS e outras organizações.
Agora de repente aparecem os SUV a tentar aproveitar de todo este trabalho desenvolvido anteriormente. Onde estavam eles nas lutas contra a guerra colonial, nas longas lutas pelos transportes gratuitos, nas lutas contra a repressão militarista como as dos cadetes e soldados de Mafra em Dezembro de 74?
Tendo atrás de si um grande aparelho de propaganda, limitam-se à convocatoria de manifestaçoes de rua, utilizando para isso justas palavras de ordem, que não criaram e muitas deturpam, que sabem atrair o interesse justo das massas dos soldados. Claro que os soldados vêm naturalmente para a rua gritar pelo aumento de prê e outras melhorias das suas condições de vida ou gritar reaccionários fora dos quartéis ou morte ao ELP. Mas nunca vimos os SUV lançar palavras de ordem a apoiar a justa recusa aos embarques, pela independência nacional, nem dizer que Portugal não será o Chile nem a Checoslováquia da Europa Ocidental. Porquê?
Os SUV surgem num certo contexto politico, que é caracterizado pela queda do V Governo e da 5º Divisão,pelo enfraquecimento da linha Vasco Gonçalves nas cúpulas do MFA, e numa situação de ofensiva fascista. É pois na altura em que os falsos comunistas do partido traidor de Cunhal e toda a sua corja de filiais trotskistas e guevaristas sao substituidos na direcção do governo, do aparelho do estado e do MFA, que eles se viram para as massas, para as pôr a reboque e utilizar o movimento revolucionário dos soldados como carne para canhão numa tentativa deseperada em todas as frentes para recuperar os tachos perdidos.
CAMARADAS: Fazer avançar o movimento revolucionário dos soldados e marinheiros passa desde logo pela luta e organização dentro das unidades. Mas a organização dos soldados e marinheiros tem de começar por ser clandestina, não só para não cairmos nas garras da repressão militarista, mas tambẽm para nos furtarmos a todos os oportunistas. Mas a organização e o trabalho clandestinos não bastam. Eles têm de se reflectir no trabalho legal, que congregue as grandes massas dos soldados e marinheiros, não só nas ADUs, mas muito especialmente nas Comissões de soldados, verdadeiros orgãos de classe dos tranalhadores fardados, e a culminar no orgão supremo da democracia nos quarteis que são os Plenários de Unidade.
Esta luta dentro dos quarteis tem de passar ???? para juntar-se às lutas de operários e camponeses. Mas quando fora dos quarteis manifestamos a defesa dos nossos interesses de classe, não podemos deixar que a nossa luta seja utilizada por oportunistas. Não podemos desarmar. Temos de avançar com a luta pela conquista dos justos objectivos do nosso movimento de classe:
- Independência Nacional contra as super-poténcias; Liberdades democráticas nos quarteis, contra a repressão militarista; Pela melhoria das nossas condições de vida (rancho comum, aumento do pré, transportes públicos gratuitos, etc); Luta dos soldados ao lado da luta does operários e camponeses.
CAMARADAS: a nossa luta é juste, nós defendemos os nossos interesses de classe, nós não temos nada a ver com a burguesia sem ??? ???? ????par, nossa inimiga de classe. As nossas relações com a burguesia são a luta de morte que nós contra ela travamos todos os dias em toda a parte e que só terminará com a sua destruição. Mas para isso temos de estar unidos e organizados. Sob a dirécção da classe operáriã em aliança com o campésinato, e os sectores da pequena burguesia que voluntariamente se coloquem do lado desta frente de explorados, nós havemos de, unidos, organizados e armados, derrubar as forças do capital e instaurar no nosso país a DEMOCRACIA POPULAR!
CONTRA AS SUPER-POTÉNCIAS, INDEPENDENCIA NACIONAL! CONTRA O FASCISMO, OFENSIVA POPULAR! OPERÁRIOS E CAMPONESES, SOLDADOS E MARINHEIROS, UNIDOS VENCEREMOS! SOLDADOS, SEMPRE AO LADO DO POVO!
Desde o princípio do verão, que se começava a notar, e agora em Outubro é já evidente, o reaparecer, o erguer de cabeça duma camada de xicalhada militarista que até agora se tem feito passar por xicos "democratas" e até por "socialistas" e "revolucionários". Subitamente começam a gritar que é preciso ordem e disciplina, e como nos tempos da guerra colonial, dizem que é preciso “impóô-la' à todo o custo, ou seja, a base da repressão militarista.
Desta seita de de xicos destacamos o coronel Jaime Neves, os brigadeiros Melo Egidio, Pires Veloso, Charais e Pezarat, os generais Pinho Freire e Fontes Pereira de Melo, os tenentes-coroneis Firmino Miguel e Ferreira da Cunha, o major Hugo dos Santos, chefe da PSP de Lisboa, o capitão Sousa e Castro, os comandantes da GNR e PSP, etc.
Esta cambada de xicos militaristas conseguiu impor à criação do quartel general reaccionário que é o AMI e colocar à sua frente um dos mais bárbaros criminosos da guerra colonial, o grande reaça do Melo Egidio. Antigo governador do Niassa em Moçambique, durante vários anos, e na zona quente da guerra o nazi Melo Egidio criou orupos para-militares, à base de desertores e traidores da FRELIMO e da pior escumalha racista e colonialista, grupos de choque armados tais como os GE's chefiados pelo famigerado racista António Roxo, os GME's (Grupos Muito Especiais que actuavam no estrangeiro) chefiados pelo colonialista Eduardo Porto, além de apoiar e permitir que actuassem no Niassa os GEP's (Grupos Especiais Para-quedistas) ou melhor os "boinas brancas" de Jorge Jardim. Tudo isto em estreita colaboração com os torcionários da Pide, em especial do inspector Pide e agente da CIA, Gomes Lopes. É portanto um xico desta natureza, quê sempre esteve ligado à extrema-direita, à pior escumalha do nosso país, que os militaristas e o Governo de Traição, coloca à frente da nova policia de choque assassina que é o AMI.
Para completar este lindio quadro, só faltavam os traidores da classe operária e do povo trabalhador, os social-fascistas de Cunhal, apareceram a apoiar o AMI. Nós dizemos que este AMI é a reserva estratégica e Quartel General dos militaristas, dos contra-revolucionários.
CAMARADAS!
DIGAMOS NÃO AO AMI!
MORTE AO AMI!
ABAIXO A REPRESSÃO MILITARISTA!
SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
Exemplar contributo para o reforco dá alianca com os operários e camponeses, deram os soldados do Regimento de Infantaria de Setúbal, quando da ocupacão das estações de rádio e TV por forcas militares às ordens dos comandos fascistas e perante a passividade cúmplice dos revisionistas traidores do partido de Cunhal, mais preocupados em manter os tachos que ainda lhes restam dos governos anteriores da burguesia.
Nessa 2-feira de luta, logo ao principio da tarde largas centenas de trabalhadores, paralisando o trabalho nas fãbricas, comeca a concentrar-se junto da porta-de-armas do quartel. Aí exigem do comandante a sua imediata definição face aos acontecimentos e exigem por parte dos soldados a criação imediata duma Comissão représentativa, já que ela não existia, com o fim de organizar a defesa e o controle imediato de toda a cidade, e fazer frente à qualquer tentativa de golpe fascista. Depois de convocado um plenário de unidade e aí se ter eleito uma Comissão de luta de soldados, realizou-se uma reunião com as Comissões de Trabalhadores e de Moradores presentes para discutirmos o ponto de situação e avançarmos com a defésa-e vigilância da cidade.
Assim, ficou determinado a formaçao de vigilância nas entradas de Setúbal, na central elétrica, nos supermercados, na estação de comboios, nos bancos, nas bombas de gasolina e na sede do partido fascista CDS; enquanto no quartel um grupo de intervençao constituido por soldados estava prónto para intervir em qualquer daqueles pontos de vigilância caso fosse necessário. Entretanto, jeeps munidos de rádios transmissores faziam estafetas permanentes entre todos os piquetes, o quartel e a Setenave, que por sua vez estava em contacto com Lisboa para nos poder informar sobre o desenrolar dos acontecimentos.
Assim, durante toda a noite, operários, moradores e soldados, lado a lado, estiveram vigoilantes e decididos a esmagar quaisquer provocações pór parte dos fascistas. Pela primeira vez no quartel se tinha aberto os portões aos operários e demais explorados, quebrando—se a barreira entre eles e os soldados, barreira essa que a xicalhada fascista sempre defendeu com unhas e dentes, receosos de que as armas, em vez de se virarem contra o povo, sejam apontadas contra eles próprios e todos os demais sanguesugas do nosso trabalho a burguesia e os imperialistas. Pela primeira vez os sargentos e oficiais foram eleitos democráticamente por todos e os soldados representavam a maioria na Comissão de Luta.
Esta experiência de luta é muito importante para nós, camaradas, dado que é a Comissão de Luta conjuntamente com os órgãos de vontade popular, as Comissões de Moradores e de Trabalhadores, que desempenharam o papel de DIRECÇÃO de todo o movimento de defesa e controle da cidade.
VIVAM OS ORGÃOS DE VONTADE POPULAR!
SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
EM FRENTE PELA REVOLUCÃO DEMOCRÁTICA E POPULAR!
"... ALERTA CAMARADAS SOLDADOS E MARINHEIROS, TODOS OS TRABALHADORES!
A reacção fascista mostra a cara que tem ao reprimir com violência reaccionária a justa luta dos soldados desta unidade.
Assim, cerca das 25,30h de 6ª-feira, depois de já todos os soldados terem ido de fim-de-semana, encontrando-se sòmente poucos militares na unidade, esta foi tomada de assalto por forças do COPCON aquarteladas em Leça, que manietando as sentinelas, e de armas aperradas,obrigaram os poucos soldados indefesos a refugiarem-se dentro duma caserna sob Vigilância. O ex-legionário DIEGUES, 1º-sargento, entra numa sala onde se encontravam alguns militares, ameaçando-os de morte caso não executassem as suas ordens, e que não atravessassem a parada, caso o fizessem seriam alvejados a tiro.
A partir daqui, o CICAP ficou encerrado..."
Entretanto no dia 6, sai um panfleto da Org. Reg. do Porto dos C.S.M.V.'s donde destacamos:
"... CAMARADAS SOLDADOS OFICIAIS E SARGENTOS DEMOCRATAS E ANTI-FASCISTAS:
A ofensiva fascista generaliza-se e avança em todo o país, em particular nas Forças Armadas. Os acontecimentos ocorridos no CICAP em que o comando da RMN, encabeçado pelo fascista Pires Veloso, ordenando o encerramento da Unidade, faz parte desta ofensiva anti-popular que visa o aniquilamento das conquistas populares, particularmente das alcançadas pelos soldados nos quartéis. Deste modo tentam por todos os meios garantir de novo a mais desenfreada exploração à custa da mais violenta repressão, para conseguirem o tal clima. de "segurança", "autoridade", "disciplina" ..."
No dia 7, com o titulo "CICAP, a Luta Continua" a Organização Regional do Porto dos CSMV's faz sair novo panfleto do qual transcrevemos algumas partes,
"...AOS SOLDADOS, MARINHEIROS, OPERÁRIOS E CAMPONESES:
CAMARADAS:
Iniciada na passada sexta-feira a ultima fase da luta dos camaradas do CICAP, esta continua e continuará até à vitória final.
Depois da grandiosa manifestação que mobilizou milhares e milhares de trabalhadores e soldados na luta pela reabertura da unidade, sem que apesar disso o fascista do Pires Veloso tenha respeitado a vontade desses largos milhares de trabalhadores, fardados ou não, depois de ao portão do CICAP soldados de várias unidades ali presentes terem afirmado a sua decisão de continuarem firmemente na luta de apoio aos seus camaradas, estes recolhéram em massa ao RASP (Regimento de Artilharia da Serra do Pilar) onde se mantem até agora e onde continuam de momento a momento a chegar mais e mais soldados, desde o RIURC até ão RCPOE, FFE, etc, em número de centenas e centenas, onde se mantem na mais firme disciplina revolucionária, mostrando a essa corja de xicos fascistas qual a disciplina que respeitam, não é a disciplina militarista, não é a disciplina da burguesia é isso sim a disciplina revolucionária!
A luta continua pela reabertura do CICAP, é o grito geral de todo os soldados! Mas como os CSMV no seu comunicado diziam é necessário mantermo-nos alerta não permitindo que à nossa justa luta seja aproveitada pela canalha social fascista que o que quer é o tacho na RMN, e só sabem berrar pelo Corvacho que lá anda pela Checoslováquia e não quis demarcar-se dos social-fascistas, acabando por ser seu joguete, ou pelo Vasco que já teve a sua oportunidade nos sucessivos governos e que mostrou aquilo que bem era, um rafeiro do Social-fascismo, um rafeiro do social-imperialismo russo.
A nossa luta é pela reabertura do CICAP, a nossa luta é pela democracia nos quarteis, é contra o fascismo, mas também terá de ser contra o social-fascismo que já mostrou sobejamente ser tão perigoso, como o fascismo.
TAMBÉM EM ESPINHO OS OFICIAIS E XICOS REACCIONÁRIOS TENTAM IMPEDIR QUE OS SOLDADOS DO RCPOE APOIEM OS SEUS CAMARADAS DO CICAP.
Na 3ª-feira dia 7 de Outubro logo pela manhã reinava jã grande agitação no quartel. Os camaradas recrutas discutiam o apoio aos camaradas do CICAP e aos seus camaradas do ROPOE que se encontravam no RASP. Logo desde início os oficiais reaccionários, entre os quais se destacou o fascista/spinolista Cap. Freitas, os tentam intimidar.
Pelo meio-dia houve uma reunião dos soldados recrutas, e estes decidiram ir todos para o RASP. Durante o intervalo do almoço, mais camaradas soldados, sargentos e oficiais começaram a apoiar esta justa posição, o que levou a que o comandante convocasse um plenário de unidade para as duas horas.
Como de costume, o comandante, Ten. Cor. Freire tentou manobrar e desmobilizar os soldados usando de demagogia e calúnias. Quando lhe pergunta um porque estavamos de prevenção simples e de portão fechado, ele coitado não sabia. Enquanto camaradas nossos falavam, os xicos tudo faziam para ver quem era, na tentativa de identificar e provocar com diversos comentários. Durante uma intervenção de um nosso camarada, o fascista Spinolista Freitas começou a provocar os soldados que se encontravam perto dele, o que fez com due imediatamente outros nossos camaradas indignados se preparassem para lhe dar o justo correctivo. Nesta altura gera-se grande confusão, e o plenário terminou.
Imediatamente foi lançada a palavra de ordem de "Todos para o RASP", Juntamo-nos todos ao portão e exigimos que este fosse aberto. Os xicos tentavam ainda lançar a confusão, o que em parte conseguiram, pois não estavamos organizados para evitar que tal acontecesse. Vendo que não nos queriam deixar sair,logo alguns camaradas começaram a sair por cima do portão fechado, debaixo dos insultos dos xicos, distinguindo-se nisso os xicos Benigno e Estorninho. Vendo que o portão fechado já não impedia de sair, o comandante mandou-o abrir.
Nessa altura, e devido à presença e às bocas de intimidação dos oficiais reaccionários houve muitos camaradas que se cortaram de sair. Durante toda a viagem e à chegada ao RASP, os camaradas mostram-se firmemente decididos a apoiar os camaradas do CICAP, estando presentes no RASP 105 camaradas, recrutas, soldados e milicianos.
De 3ª feira em diante sucederam-se as ameaças os insultos, as calúnias e as tentativas de divisão.
Os xicos e o comandante, perfeitos lacaios do fascista Pires Veloso, tudo fizeram para nos dividir.
CAMARADAS, é importante que de tudo o que se passou, nós vejamos quem são os mossos amigos, e quem são os nossos inimigos. Quem foram os camaradas que desde o principio estiveram ao lado dos camaradas do CICAP, quem foram os camaradas que embora não tendo tomado uma posição activa são susceptivéis de a virem à tomar, e quem são os nossos inimigos, os que estiveram sempre do outro lado da barricada.
É importante ver que os doutores e engenheiros que estão à fazer a recruta, se mostraram perfeitos lacaios da xicalhada e que nos traíram desde o principio.
CAMARADAS, em Espinho é importante que nos organizemos para travar as grandes batalhas que se avisinham.
É necessário continuarmos ao lado do povo, e ao lado de todos os camaradas soldados em luta contra a repressao e pelo saneamento dos fascistas.
CAMARADAS, avancemos no saneamento de todos os reaccionários, e na nossa organização revolucionária.
- REACCIONÁRIOS FORA DOS QUARTEIS!
- SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
- VIVA A JUSTA LUTA DOS CAMARADAS DO CICAP E DO RASP!
- OPERÁRIOS, CAMPONESES SOLDADOS E MARINHEIROS, UNIDOS VENCEREMOS!
C.S.V. do RCPOE.
Camaradas, não pode o CSV de Mafra deixar de apoiar a justa punição dada ao fascista Ten. Cor. Trindade, pelos camaradas soldados. Essa punição não é mais nem menos que o transbordar de todo o ódio de classe contra o principal responsável da repressão fascista na Unidade que se abatia sobre os soldados da E.P.I....
... Os soldados não querem disciplina? Querem sim, mas outra disciplina diferente daquela que o Ten. Cor. reaccionário Trindade e os seus lacaios querem, nós queremos uma disciplina revolucionária, posta ao serviço do Povo, Povo a que nós pertencemos e eles oficiais e sargentos reaccionários não pertencem,
A disciplina que eles querem é a de bater nos soldados sem estes refilarem, exemplo disso foi a atitude do Trindade que pegou numa espingarda contra os soldados...
...Queremos denunciar as atitudes demagógicas dos “bébés chorões“, capitão Capaz, colaborador intimo do Trindade na repressão aos soldados e do militarista Fonte que desataram a chorar quando viram as suas posicões de Privilégio ameaçadas, atitude que desmobilizou a grande maioria dos camaradas. Quando eles reprimem os soldados também choram? Quando os soldados exigem melhores condiçoes de vida e aumento de pré e os generais burgueses nada fazem, estes senhores também choram com pena dos soldados? Não, só quando vêem a sua posição de oficiais que ganham ordenados chorudos, à rasca é que comecam a chorer. Alerta camaradas contra as manobras demagógicas dos oficiais reaccionários.
Quanto ao parvinho do cap. Vieira, que levou também nas trombas, é bem feito que é para não se meter onde não é chamado e vir defender o comandante reacça, talvez agora aprenda a colocar-se na posição devida, que é sempre ao lado dos soldados. Queremos também avisar o "democrata" capitão Silvério que "cobarde" é ele, que como delegado do MFA na unidade sempre teve medo de se opôr ao comando reaccionário e que se as populações e as unidades revolucionárias (EPSM, RALIS, RE-1, RPM, OCA, etc) viam na EPI uma unidade capaz de entrar num golpe fascista, como esteve para acontecer já duas vezes recentemente, ???? se deve.
Não podemos deixar também de avisar o "nazi" capitão Vaz Antunes e o seu lacaio sargento Pereira do C.A. que as suas horas estão próximas,
CAMARADAS, não nos deixemos levar pelas manobras dos oficiais e sargentos reaccionários, pois eles não estão ao lado do povo, somos nós enquanto operários e camponeses fardados. Os oficials e sargentos progressistas devem sempre estar ao lado dos soldados, aí é que é o seu lugar. Num próximo texto falaremos sobre o cabo Pinto e o seu passado de bufo.
VIVA A JUSTA LUTA DOS SOLDADOS DA E.P.I.!
OS SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!
VIVA A ALIANÇA REVOLUCIONARIA DOS SOLDADOS, FURRIEIS E OFICIAIS PROGRESSISTAS!
EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO POPULAR RUMO AO SOCIALISMO.E A DEMOCRACIA POPULAR!
"...CAMARADAS, há muito que vinhamos pedindo ao comando para sairmos mais cedo, visto a maioria de nós ser do Norte, e chegar só a casa no sábado, pois esses senhores, puseram mil e uma dificuldade, vindo com palavras bonitas e falando de disciplina, e se noutras unidades se saía mais cedo, é porque não havia disciplina e por isso, nós deviamos continuar caladinhos e mansos como cordeiros, porque nas outras unidades reinava o caos e a anarquia. A princípio a comida era mais ou menos bem preparada, depois começou o abandalhamento, e aquilo mais parecia comida para porcos, do que para homens. Estavamos a comer péssimo, e sair mais cedo era impossivel, nos recusamos a formar, eles cederam logo, deixando-nos sair mais cedo e prometeram melhorar a comida, pois já se tem notado que a refeição está a melhorar. Fica-nos aqui uma lição, que para conseguirmos aquilo que temos direito, temos que lutar, pois a burguesia nao cede nem um palmo sem luta, pois quando nos organizamos esses senhores tremem de alto a baixo.
CAMARADAS: Cabe-nos a nós operários e camponeses fardados à força, dar o nosso apoio às conquistas alcançadas pelo nosso povo, recusarmo-nos a qualquer repressão sobre o povo; quer em manifestaçoes, ocupações de casas, ou locais de trabalho.
Lutar para que dentro dos quarteis exista a mais ampla democracia e transformar as ADUs em orgãos da nossa vontade onde a nossa classe esteja em maior número representada.
PELO AUMENTO DO PRE!
POR TRANSPORTES GRATUITOS!
PELA INDEPENDENCIA NACIONAL!
PELA MELHORIA DE CONDIÇÕES DE VIDA!
PELA DEMOCRACIA NOS QUARTFIS!
REACCIONARIOS FORA DOS QUARTEIS!
OPERARIOS, CAMPONESES, SOLDADOS É MARINHEIROS UNIDOS VENCGEREMOS!
SOLDADOS SEMPRE RO LADO DO POVO!
Também na E.P.C. o comando desta unidade, tentou no passado dia 1 que esta unidade tomasse uma posição face à actual situação politico-militar; atenuando demagógicamente, que para o VI Governo conseguir sobreviver, teria que ter o apoio da maioria das unidades militares. Em alguns esquadrões não houve apoio ao VI Governo a maioria absteve-se, e outra grande parte não apoiou e um Esquadrão por influência do comandante deu apoio ào VI Governo. Os sargentos recusaram-se a votar e na próxima ADU, vai ser discutida a forma de eleição, que eles acham ser mais correcta, a votação ser a nível de classes sem à interferência do comando ou de oficiais,
"A luta que sempre travemos contra os embarques para Angola, foi uma justa luta, porque estavamos conscientes que se havia interesse em embarcar, ele não era o nosso, mas sim o da oficialagem pretensamente democrática, que via nos embarques uma forma de subir rapidamente de posto e de encontrar soluções neocolonialistas para o povo irmão de Angola. Nas lutas travadas por nós e pelos camaradas de todas as unidades como por exemplo da P.M. muitos foram lançados para trás das grades só porque se destacaram nas alturas em que o avanço da luta o exigia. Na nossa unidade também um camarada cabo cripto da Companhia Independente foi preso por ter manifestado aos soldados o que significavam os embarques e por ter dito que a nossa posição justa seria de recusarmo-nos aos embarques, Perante esta prisão o nosso Batalhão (3RI) se levantou exigindo a libertação do camarada, os Comandos ficaram seriamente acagaçados face à nossa determinação ao arrancarmos para o posto da P.M. onde o camarada estava detido..."
- LIBERDADE PARA OS SOLDADOS!
- FASCISTAS E SOCIAL-FASCISTAS FORA DOS QUARTEIS!
- NEM MAIS UM EMBARQUE; REGRESSO IMEDIATO DE TODOS OS SOLDADOS!
- EM FRENTE PELA REVOLUÇÃO DEMOCRATICA POPULAR!
9/10/75
(Extractô do panfleto . dos CSMV's — Oeste/Ribatejo)
Camaradas, sendo através do órgão dos CSMV "REVOLTA" que podemos estar informados do que se passa nas unidades, é por intermédio dele que eu, soldado que sou, me encontro falando de certo caso que se passou cá na E.P.E.
Estivemos reunidos todos os soldados, na presença dos xicos em que se abordaram vários assuntos entre os quais o pré; foi então que o Major Veiga nos disse em acto de gozo - vocês ainda pensam em aumento de salários, então vocês não vêem a dificuldade financeira que o país atravessa? Camaradas, neste caso nós vemos que eles cóntinuam a ser o que sempre foram, inimigos e exploradores dos soldados.
Pois para eles o país não atravessa crise financeira, pois continuam a receber ordenádos chorudios e para eles o Zé soldado que se lixe. Pois camaradas nós se queremos que isto acabe só temos que nos organizar e andar para a frente ainda que tenha que ser à porrada,
ABAIXO A EXPLORAÇÁO DOS SOLDADOS!
O dia 7 começou com uma grande surpresa para todos os camaradas deste quartel. Haviam sido distribuídas grandes quantidades de panfletos em que o CSV de Viseu denunciava oficiais e 1 sargento fascistas, apontavam os problemas mais sentidos pelos camaradas e faziam um apelo à organização. Foram também distribuídos o REVOLTA nª 5 e programas manifestos dos CSMV's. Alguns camaradas que haviam apanhado mais do que um panfleto distribuiam-os a mão e era quem mais procurava, pois segundo a opinião geral o panfleto "só dizia verdades" e até que enfim os fascistas eram denunciados! O espectaculo era maravilhoso. Os camaradas recrutas nos intervalos e mesmo na instrução faziam grupos de leitura e discussão. Outros camaradas prontos antes de irem para os serviços liam também propaganda. A parada neste dia parecia outra. Furrieis e oficiais progressistas liam com entusiasmo à propaganda enquanto os xicos denunciados andavam de um lado para o outro "nervosos" e a bater com a cabeça na parede. Nesse dia o brigadeiro visitou a unidade e como os camaradas diziam, o panfleto foi o nosso cartão de apresentação o boas vindas.
Camaradas: Fizemos tremer a xicalhada de alto a baixo. Como dizíamos no nosso panfleto, prometemos-vos não vos dar tréguas. A Luta começou e vencé-la-emos. Perante a nossa organização cada vez maior e a nossa disposição à luta, vos garantimos que ides ser corridos do quartel.
ORGANIZEMO-NOS, POIS, CAMARADAS!
Na Manutenção Militar a apregoada democracia não é mais que a repressão exercida sobre os soldados pelo legionário capitão Vitor Manuel Domingues e por tantos outros xicalhotes fascistas como o capitão Vilela Soares. Este último recebeu no dia 4/10/75 um comunicado dos camaradas do Ralis para que todos os soldados dele tivessem conhecimento. Pois este nazi nada disse aos soldados, pretendendo assim esconder as lutas dos nossos camaradas no CICAP, no RASP, no RPM, na BA11 (Beja) e tantas outras. Este canalha serve-se dó pouco esclarecimento político dos soldados e faz tudo para os manter sob a alíenação e disciplina militaristas.
A ADU na Manutenção Militar não é mais que o parlatório do papagaio fascista, capitão Vitor Domingues que nunca falou dos problemas sentidos pelos soldados. É frequente esse canalha cortar à palavra aos camaradas que querem intervir, chegando à transferir para Torres Novas um camarada nosso que se pôs ao lado dos trabalhadores contra os fascistas da nossa unidade.
ABAIXO A REPRESSÃO MILITARISTA!!!
MORTE AO FASCISMO E A QUEM O APOIAR!!!
SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!!!
POR AQUI O AMI NÃO PASSOU!!!
Os militaristas queriam instalar aqui em Monsanto o seu Quartel General; mas as contas saíram-lhes furadas. Desde o fim de Setémbro que Monsanto se estáva a transformar no covil dos conspiradores militaristas onde já faziam reuniões e manejos sujos de desconfianças contra nós. Face a isto, no dia 2 de Outubro fizemos um plenário de praças, elegemos uma Comissão de Soldados e aprovàmos uma moção contra o AMI, exigindo a sua retirada imediata de Monsanto; por outro lado foi tambem aprovado um voto de desconfiança ao militarista general Pinho Freire, e decidida a não comparência da Polícia Aérea nas comemorações de 5 de Outubro, o que foi levado à prática. Vendo a nossa unidade, firmeza, e decisão, os militaristas do AMI que esperam encontrar aqui na floresta de Monsanto um lugar sossegado para conspirar, pegaram na bagagem no dia 8 de Outubro e foram para Belém. Com ironia um camarada pergunta a um capitão do AMI "Então vocês já se vão embora?" o capitão responde: "Já pois vocês não nos querem cá!"
Camaradas: os valentões do AMI, Quartel General da contra-revoluçao, foram corridos de Monsanto devido à luta e firmeza de todos nós. É preciso isolar essa cambada e deixá-los entregues à sua sorte de bandidos militaristas.
O AMI NÃO PASSARÁ!
Na nossa unidade sentimos, mais que nunca, a necessidade de nos organizarmos para travar a ofensiva reaccionária dos militaristas que se faz sentir por toda a parte, colocando a nossa luta ao serviço da classe operária, dos camponeses e de todos os explorados.
Assim,expressámos ao comandante a nossa vontade de efectuar um plenário de praças ónde fossem discutidos os nossos problemas e para que fosse eleita a Comissão de Soldados.
Como tivéssemos o acordo do comandante, isso bastou para que os xicos da nossa unidade ficassem completaménte histéricos, salientando-se pelo seu 'nervosismo' exagerada. os reaccionários Cap. Moura, Major Carvalhais e 1º Sarg. Ga?????.
O comandante, pressionado pelos xicalhotes fascistas, comunicou-nos que afinal, se realizaria um plenário de unidade em prejuízo do plenário de praças. A isto, reagimos com a palavra de ordem "Ninguém ao plenário de unidade sem antes termos o nosso", que foi concretizada com a recusa colectiva ao plenário de únidade. Os xicos tremeram de alto à baixo e apresentaram por intermédio do fascista capitão Moura uma propostá de saneamentos à esquerdá de camaradas nossos ao Brig. Pezarat Correia, no dia em que este visitou a unidade.
Nada conseguiram, e no dia 9/20/75 avançamos com o nosso plenário onde elegemos a Comissão de Soldados.
Foi uma grande vitória, mas notou-se que há ainda camaradas que não se sentem à vontade na presença do comandante, ainda que este tenha simpatia da maioria dos soldados.
No dia seguinte houve então o plenário de unidade, onde os xicos reaccionários atacaram a fundo, caluniando as lutas dos trabalhadores do Alentejo e dos soldados ???????? de divisionismo entre recrutas e prontos, no que é perito, por provas dadas no RC-8 em Castelo Branco, a besta do Cap. Moás, e chegaram a fazer ameaças através da boca suja do Cap. Pais Faria e do spinolista Cap. Moura que é a esperança do latifundiários da região.
CAMARADAS, temos que tirar as devidas lições que esta luta nos deu, e corrigir erros que cometemos.
REACCIONÁRIOS FORA DOS QUARTEIS!!!
NÃO À REPRESSÃO MILITARISTA!!!
SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!!!
Quando Amilcar Cabral foi assassinado em 1973 a revista "Afrique-asie" publicou nó seu nº 24, de 19/2/73, um relato, em que, para além de contar em pormenor como foi reálizado e cumprido o assinato, denuncia quem forám os seus responsáveis.
Os CSMV acham importante neste momento mostrar porque é que o senhor general Costa Gomes gosta tanto de disciplina, da hierarquia e da ordem burguesas...
Por isso tránscrevemos desse artigo a parte intitulada: "PONTOS DE REPARO..."
Concepção e Organização
Um grupo operacionai português composto por quatro oficiais superiores estava encarregado da organização e do controle do complot:
- o vice-aimirante Pereira Crespo, ministro da marinha;
- o general Costa Gomes, chefe de estado maior das forças armadas;
- o general Spinola, governador militar da Guiné—Bissau;
- o major Pais, chefe da DGS/PIDE.
Em 23 de Dezembro, Crespo deslocou-se a Bissau onde conferenciou com Spínola. Alguns dias mais tarde, foi Costa Gomes que lhe sucedeu em Bissau. Foi então que a data do complot foi finalmente fixada para 20 de Janeiro. No dia "D" previsto de principio para 15 de Dezembro teria sido modificado em razão da partida de Cabral parà assistir à reunião da OUA em Accra, e das incertezas que pairavam sobre a data do seu regresso a Conakry.
O general Costa Gomes mandou publicar uma mensagem às Forças Armadas, Para isso utilizou todos os meios de informação durante uma semana inteira, todos os dias.
O que é que diz o senhor general? Com um palavreado confuso e chato diz-nos que nós devemos continuar a ser um rebanho de carneiros obedientes aos chefes, obedecendo cegamente a todas as ordens. É a velha cantiga.
- SE os nossos camaradas paraquedistes no 11 de Março obedeceram cegamente sem discutir, sem perguntar para onde iam fazer a "revolução" do Spinola ...
- SE os nossos camaradas dos Comandos ainda não conseguirem encontrar as formas de luta correctas para escorraçar os seus chefes fascistas e por isso continuam a ser obrigados "para defender a revolução" a carregar sobre os deficientes, a ocupar os emissores da Rádio Renascença e à disparar sobre manifestantes antifascistas.
- SE os nossos camaradas do BAAF de Leixões têm sido usados pelos seus chefes reaças e pelo fascista Pires Veloso para expulsarem os camaradas do CICAP do seu quartel e reprimirem os trabalhadores que se puseram ao seu lado, na sua luta...
- SE ESTES EXEMPLOS NOS MOSTRAM A EVIDÊNCIA QUE NÃO DEVEMOS OBEDECER CEGAMENTE, PORQUE É QUE O SENHOR GENERAL VEM COM ESTE PALEIO ENJOATIVO?
É que num momento de forte ofensiva dos militaristas por toda a parte, o ponto mais importante que eles querem atingir somos nós, soldados e marinheiros. É que eles, os cabecilhas militares da burguesia, lacaios dos imperialismos e das super-potências, já viram que precisam de nos ter obedientes aos chefes como paus-mandados para poderem reprimir e continuar a explorar os nossos irmãos operários e camponeses. O senhor general quer fazer de nós máquinas de reprimir e matar, quer impor-nos a velha e caduca disciplina e hierarquia fascistas e colonialistas, mas está enganado.
- NÃO À DEMAGOGIA REACCIONÁRIA!!!
- NÃO À DISCIPLINA E HIERARQUIA FASCISTAS!!!
- PELA DEMOCRACIA INTERNA NOS QUARTÉIS!!!
- NÃO OBEDECEMOS ÀS ORDENS REACCIONÁRIAS!!!
- NÃO VIRAREMOS AS NOSSAS ARMAS CONTRA O POVO!!!
- REACCIONÁRIOS FORA DOS QUARTÉIS!!!
- SOLDADOS SEMPRE AO LADO DO POVO!!!