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A desagregação do mercado mundial único, universal, deve ser considerada como o mais importante resultado econômico da segunda guerra mundial e de suas conseqüências econômicas. Este acontecimento determinou o ulterior aprofundamento da crise geral do sistema capitalista mundial.
A própria segunda guerra mundial foi gerada por esta crise. Cada uma das duas coalizões capitalistas, empenhadas na guerra, calculava esmagar o adversário e conquistar o domínio mundial. Com isso procuravam uma saída para a crise. Os Estados Unidos da América pensavam eliminar os seus mais perigosos concorrentes, a Alemanha e o Japão, apoderar-se dos mercados estrangeiros, das fontes mundiais de matéria-prima e conquistar o domínio mundial.
A guerra, entretanto, não justificou essas esperanças. Na verdade, a Alemanha e o Japão foram postos fora de combate como concorrentes dos três principais países capitalistas: Estados Unidos, Inglaterra e França. Mas, concomitantemente, separaram-se do sistema capitalista a China e as Democracias Populares da Europa, formando juntamente com a União Soviética um único e poderoso campo socialista, em oposição ao campo capitalista. Como resultado econômico da existência de dois campos opostos, o mercado mundial único, universal, desagregou-se, motivo por que temos atualmente dois mercados mundiais paralelos, que também se opõem um ao outro.
É preciso notar que os Estados Unidos e a Inglaterra, junto com a França, contribuíram, naturalmente contra sua própria vontade, para a formação e o fortalecimento do novo mercado mundial paralelo. Promoveram o bloqueio econômico da União Soviética, da China e dos países europeus de Democracia Popular que não entraram no sistema do "Plano Marshall", pensando com isso asfixiá-los. Na realidade, porém, o resultado foi, não a asfixia, mas o fortalecimento do novo mercado mundial.
Certamente, a causa principal disso reside não no bloqueio econômico, porém no fato de que no período de após-guerra esses países aproximaram-se economicamente e estabeleceram a colaboração e a assistência mútua no domínio da economia. A experiência desta colaboração mostra que nenhum país capitalista poderia prestar assistência tão eficaz e tècnicamente de primeira classe. Trata-se, antes de tudo, de que a base desta colaboração é o sincero desejo de ajudar-se mutuamente e de alcançar a prosperidade econômica de todos. Como resultado, temos os altos ritmos de desenvolvimento industrial nestes países. Podemos dizer, com certeza, que com tais ritmos de desenvolvimento industrial, esses países em breve não terão mais necessidade de importar mercadorias dos países capitalistas, mas sentirão necessidade de exportar os excedentes de sua produção.
Disto decorre que a esfera de exploração dos recursos mundiais pelos principais países capitalistas (Estados Unidos, Inglaterra, França) não se expandirá, mas, pelo contrário, se contrairá; que piorarão para esses países as possibilidades de venda no mercado mundial e que suas indústrias funcionarão cada vez mais abaixo de sua capacidade. Justamente nisto consiste o aprofundamento da crise geral do sistema capitalista mundial, em ligação com a desagregação do mercado mundial.
Sentem-no os próprios capitalistas, pois é difícil não sentir a perda de mercados como os da URSS e da China. Eles tudo fazem para resolver estas dificuldades com o Plano Marshall, a guerra na Coréia, a corrida armamentista, a militarização da indústria. Mas isso lembra muito o provérbio do afogado que se agarra a uma palhinha.
Como resultado de tal situação, os economistas se encontram diante de dois problemas:
Penso que não se pode afirmar isso. Em face das novas condições, surgidas com a segunda guerra mundial, é preciso considerar que estas duas teses caducaram.
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Inclusão | 30/07/2009 |