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Primeira Edição: “Zviezdá” (“A Estrela”), jornal de Petersburgo, n.° 30. 15 de abril de 1912.
Fonte: J.V. Stálin – Obras – 2º vol., pág: 223-224, Editorial Vitória, 1952 – traduzida da 2ª edição italiana G. V. Stalin - "Opere Complete", vol. 2 - Edizioni Rinascita, Roma, 1951.
Tradução: Editorial Vitória
Transcrição: Partido Comunista Revolucionário
HTML: Fernando A. S. Araújo
Direitos de Reprodução: licenciado sob uma Licença Creative Commons.
“Os requerimentos no sentido da liberdade de... associação, enviados pelos operários... de nada serviram para aliviar as suas condições; antes, em resposta ao seu pedido, os operários levaram bala"...
(Do discurso do deputado Kuznétsov).
Não transcorreu muito tempo — um ano ao todo — desde quando os zeladores do “partido legal”, os senhores liquidacionistas, encetaram com grande estardalhaço a chamada campanha dos requerimentos.
O órgão “político-social” dos liquidacionistas, conhecido de todos, o Diélo Jízni(1), escrevia que a tarefa do dia do movimento operário é a luta mediante requerimentos, pelo direito de associação.
O órgão “científico” dos liquidacionistas, o Nacha Zariá(2), “fundamentando” essa tarefa, assegurava aos operários que os requerimentos teriam reunido em torno de si, de modo organizado, “amplas massas”.
Mas eis que, nas minas do Lena, desenrolou-se um drama sangrento; a vida viva, com suas inexoráveis contradições, entrou em cena, e a tática liquidacionista dos requerimentos dissipou-se em fumaça. A greve legal, os requerimentos, os pedidos, tudo deu em nada. O regime "renovado” mostrou sua verdadeira face. E o representante desse regime, o ministro Makárov, como que para esclarecer melhor as coisas, declarou que a matança de 500 operários ainda não era tudo, era só o início, que em seguida também, com a ajuda de deus, aconteceria a mesma coisa...
Não se pode ser mais claro! A tática dos requerimentos, começada com estardalhaço, espatifou-se, esbarrando com a vida! A política dos requerimentos demonstrou-se impotente!
Não eram portanto os requerimentos que poderiam resolver o contraste secular entre a velha e a nova Rússia...
E os numerosos comícios e greves de protesto contra o massacre do Lena, que se verificaram em todos os rincões da Rússia, não demonstram talvez uma vez mais que os operários não aceitam a política dos requerimentos?
Escutai, pois, o deputado dos operários, Kuznétsov:
“No fundo, os requerimentos no sentido da liberdade de associação, enviados pelos operários, de nada serviram para aliviar as suas condições; antes, em resposta ao seu pedido, os operários levaram bala... ”.
Eis o que diz o deputado Kuznétsov.
E um deputado dos operários, que ouve com atenção a voz do ambiente operário, do seu ambiente, não pode falar de outra maneira...
Decididamente os liquidacionistas não têm sorte!...
Bem, e a tática dos requerimentos? Onde metê-la?
Naturalmente em algum lugar, longe dos operários...
Sim, sim, as lições da vida, ao que parece, não são vãs nem sequer para os liquidacionistas. A bebedeira dos requerimentos parece que começa a passar. Bem, congratulemo-nos com os liquidacionistas, desde o momento em que Voltaram a si, congratulemo-nos de todo coração!
Não o repetimos quiçá de há muito que a vida é onipotente e sempre vence? ...
Assinado: K. Sólin.
Notas de fim de tomo:
(1) Diélo Jízni (A Causa da Vida), revista legal dos mencheviques liquidacionistas que se publicou em Petersburgo de 22 de janeiro a 31 de outubro de 1911. (retornar ao texto)
(2) Nacha Zariá (A Nossa Aurora), revista legal mensal, órgão dos mencheviques liquidacionistas, publicada em Petersburgo de 1910 a 1914. (retornar ao texto)
Inclusão | 25/10/2019 |