Nota sobre a Miséria da Filosofia

Karl Marx

7 de abril de 1880


Primeira Edição: Escrito ao final de março ou começo de abril de 1880, em francês. Publicado primeiramente no jornal L’Égalité, nº 12, 7 de Abril de 1880.

Fonte: TraduAgindo -

Tradução: Andrey Santiago - Informações e Nota retirada do livro “Marx & Engels – Collected Works, Volume 24”.

HTML: Fernando Araújo.


Marx provavelmente escreveu essa “Nota” a pedido do conselho editorial do L’Égalité ao final de março ou abril de 1880 enquanto introdução editorial para seu trabalho que seria publicado pelo jornal (que acabou publicando apenas a introdução e a primeira parte do Capítulo 1).

A Miséria da Filosofia de Karl Marx apareceu em 1847 pouco depois da publicação de Contradições Econômicas de Proudhon, que trouxe em seu subtítulo Filosofia da Miséria. O que nos fez relançar esse livro, a qual teve sua primeira edição esgotada, foi o fato de que a obra contem as sementes para a teoria desenvolvida depois de vinte anos de trabalho no Capital. Ler “Miséria da Filosofia” e o “Manifesto do Partido Comunista”, publicado por Marx e Engels em 1848, pode servir então como uma introdução ao estudo d’O Capital e aos trabalhos dos socialistas modernos que, como Lassalle, derivaram suas ideias dele. Ao autorizar essa republicação em nosso jornal, Marx desejou a nós um testemunho de sua simpatia.

Devemos dizer algumas palavras a mais sobre o drástico tom desta polêmica contra Proudhon. Por um lado, Proudhon, enquanto ataca os economistas oficiais tais quais Dunoyer, Blanqui o Acadêmico e toda a turma em volta do Journal des Économistes, soube como apelar para suas vaidades ao mesmo tempo em que amontoou insultos grosseiros aos socialistas utópicos e comunistas que Marx honrou enquanto os predecessores do socialismo moderno. Por outro lado, ao preparar o caminho para o socialismo materialista e crítico que sozinho poderia apresentar o real, o desenvolvimento histórico da produção social inteligível, foi necessário romper abruptamente com as ideologias econômicas das quais Proudhon era involuntariamente a última encarnação.

Também, em um artigo publicado no Berlin Social-Demokrat sobre a morte de Proudhon, Marx fez justiça as grandes qualidades deste lutador, a sua atitude corajosa depois dos dias de Junho de 1848, e seu talento enquanto escritor político.


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Inclusão: 01/12/2021