O nosso exército seguiu sempre dois princípios: primeiro, devemos ser implacáveis para com os inimigos, devemos esmagá-los e aniquilá-los; segundo, devemos ser bons para com os nossos — para com o povo, para com os nossos camaradas, superiores e subordinados — e velar pela unidade com todos eles.
Discurso numa receção do Comité Central do Partido em honra da delegação de militares modelo no estudo enviada pelas Unidades da Retaguarda (18 de Setembro de 1944)
Nós viemos de todos os cantos do país, une-nos um objetivo revolucionário comum. (…) Os nossos quadros devem preocupar-se por cada um dos soldados, e, nas filas da revolução, todos devem cuidar uns dos outros, amar-se e ajudar-se mutuamente.
Servir o povo (8 de Setembro de 1944), Obras Escolhidas, Tomo III
Em todas as unidades do exército há que lançar um movimento de apoio aos quadros e preocupação pelos soldados, apelando-se para que os quadros se preocupem com os soldados e estes apoiem os quadros. Uns e outros devem pronunciar-se abertamente sobre as falhas e os erros de cada um e corrigi-los rapidamente. Dessa maneira será possível obter-se uma unidade interna excelente.
As tarefas para 1945 (15 de Dezembro de 1944)
Muitos pensam que são os métodos erróneos que fazem com que não haja boas relações entre oficiais e soldados e entre exército e povo; no entanto eu tenho-lhes dito sempre que se trata duma questão de atitude fundamental (ou de princípio fundamental), que consiste em ter respeito pelos soldados e pelo povo. É dessa atitude que decorrem as várias políticas, métodos e formas adequadas. Se nos afastamos de tal atitude, as políticas, os métodos e as formas serão seguramente errados e as relações entre os oficiais e soldados e entre o exército e o povo não poderão de modo algum ser boas. Os três grandes princípios para o trabalho político no exército são: primeiro, a unidade entre oficiais e soldados, segundo, a unidade entre o exército e o povo e, terceiro, a desintegração das forças inimigas. Para aplicar com eficácia esses princípios, devemos começar por essa atitude fundamental de respeito pelos soldados e pelo povo, e de respeito pela dignidade humana dos prisioneiros de guerra que tenham deposto as armas. Os que tomam tudo isso como sendo uma questão técnica e não como uma atitude fundamental, estão efetivamente enganados e devem corrigir o seu erro.
Sobre a guerra prolongada (Maio de 1938), Obras Escolhidas, Tomo II
Os comunistas devem usar o método democrático de persuasão e educação na sua atividade entre o povo trabalhador, sendo absolutamente inadmissível que adotem uma atitude autoritária ou meios de coerção. O Partido Comunista da China é fiel a esse princípio marxista-leninista.
Sobre a justa solução das contradições no seio do povo (27 de Fevereiro de 1957)
Os nossos camaradas devem compreender que a reeducação ideológica é um trabalho a longo prazo, paciente e minucioso. Não se deve esperar que, com umas tantas conferências ou reuniões, se pode mudar a ideologia das pessoas, ideologia formada ao longo duma vida de vários decénios. Só se pode convencer pela persuasão e nunca pela coerção. O único resultado de coerção seria submeter sem convencer. É inadmissível tentar submeter pela força. Esse é um método que se pode empregar com relação ao inimigo, mas nunca com relação aos camaradas ou amigos.
Discurso pronunciado na Conferência Nacional do Partido Comunista da China sobre o Trabalho de Propaganda (12 de Março de 1957).
Devemos fazer uma distinção entre o inimigo e nós próprios, e não adotar uma posição de antagonismo com relação aos camaradas, tratando-os como se fossem inimigos. Quando falamos, devemos fazê-lo partindo do desejo ardente de defender a causa do povo e de elevar a sua consciência política, e nunca ridicularizá-la ou atacá-lo.
Ibidem