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É inoportuno preconizar uma "prova de desgaste" para o Exército Vermelho chinês. Ver rivalizar em tesouros não dois Reis-Dragões mas um Rei-Dragão e um mendigo, seria cómico. Para o Exército Vermelho, que se abastece quase em tudo através do próprio adversário, a linha de acção principal permanece a guerra de aniquilamento. Só destruindo as forças vivas do adversário é que se podem romper as suas campanhas de "cerco e aniquilamento" e aumentar o território das bases de apoio revolucionárias. Infligir perdas ao adversário é um processo para aniquilá-lo, doutra maneira isso não faria qualquer sentido. Ao infligir perdas ao adversário sofremos desgastes, mas ao liquidar o inimigo podemos completar as nossas forças. Assim, não só compensamos os desgastes, como ainda reforçamos o nosso exército. Numa guerra contra um adversário poderoso, as acções que visam derrotá-lo não podem determinar de maneira radical o respectivo resultado, enquanto que os combates de aniquilamento produzem imediatamente profundas repercussões no inimigo, seja ele quem for. Numa peleja, mais vale arrancar um dedo ao adversário do que ferir-lhe dez; na guerra, mais vale aniquilar uma divisão ao adversário do que derrotar-lhe dez.
Durante a primeira, a segunda, a terceira e a quarta campanhas de "cerco e aniquilamento" do inimigo, adoptámos a guerra de aniquilamento. As forças que aniquilámos em cada campanha constituíam somente uma parte dos efectivos do inimigo, mas, mesmo assim» todas essas campanhas foram desfeitas. Durante a nossa quinta contra-campanha, aplicou-se uma linha contrária, o que na realidade ajudou o adversário a atingir os seus objectivos.
A guerra de aniquilamento implica a concentração de forças superiores e a adopção da táctica dos cercos e dos movimentos torneantes; sem isso ela é impossível. O apoio das populações, um terreno favorável, um adversário vulnerável, o ataque de surpresa, etc, são outras tantas condições indispensáveis para aniquilar o inimigo.
Derrotar o inimigo ou permitir que ele fuja só tem sentido quando, considerado o combate ou a campanha como um todo, as nossas forças principais realizam acções de aniquilamento contra uma outra parte das forças inimigas, doutro modo não tem qualquer sentido. Aqui, as perdas são justificadas pelos ganhos.
Ao criarmos a nossa própria indústria de guerra, devemos evitar ser dependentes dela. A nossa política fundamental consiste em apoiarmo-nos sobre a indústria de guerra do imperialismo e do nosso inimigo no interior do país. Temos direito à produção dos arsenais de Londres e de Han-iam, encarregando-se as unidades do inimigo do respectivo transporte. Isto não é brincadeira nenhuma, é a pura verdade.
Inclusão | 02/06/2010 |