(1907-1960): Harry Otter Whyte, jornalista escocês e comunista. Aos 16 anos, deixou a escola para trabalhar para o Edinburgh Evening News. Em 1927 entrou para o Partido Trabalhista Independente, e em 1931 para o Partido Comunista da Grã-Bretanha (CPGB). Ajudou na formação de células do partido no Fleet Street Journalist's Office em Londres. Em 1932 mudou-se para a Rússia, contratado para trabalhar no Moscow News (edição inglesa do Moskovskie Novosti) e como correspondente do Daily Worker, um órgão do CPGB. Em 1933 seu parceiro homoafetivo foi preso após a homossexualidade ser criminalizada. Whyte ficou mais conhecido pela carta que enviou a Stálin após essa prisão. Em 1935 foi expulso da URSS e do Partido Comunista Britânico e regressou à Grã-Bretanha, onde se envolveu em actividades de solidariedade com a causa da República Espanhola contra Franco. Em 1938, Whyte mudou-se para Marrocos para trabalhar como correspondente para a agência Reuters. Suspeita-se que, nessa altura, possa também ter estado envolvido na monitorização de alemães e italianos para o Consulado Britânico em Tânger. Seja como for, foi logo expulso do território pelas autoridades por causa da sua homossexualidade. Em 1941 tentou regressar à URSS, mas foi-lhe negado o visto. Foi convocado para o serviço militar e serviu na marinha britânica a partir de dezembro de 1941. Após a guerra trabalhou para o Daily Express, o Daily Herald, o Socialist Review, na Grã-Bretanha, e depois para a agência Reuters na Turquia.