Denominação irônica dada ao "socialismo propagado do alto das cátedras universitárias". Socialistas de cátedra [Kathedersozialisten] e socialistas de Estado [Staats-sozialisten] — orientação da Economia Política burguesa na Alemanha, que surgiu nos anos 70 do século XIX e teve influência até o princípio do século XX. Os socialistas de cátedra (Gustav Schmoller, Lujo Brentano, Adolph Wagner, Karl Bücher, Werner Sombart, entre outros) eram inimigos rancorosos do marxismo e representavam um reformismo burguês. Propagavam a paz de classe entre burguesia e proletariado, procuravam enfraquecer a luta de classes e propunham algumas reformas sociais, para reprimir a influência da social-democracia revolucionária e reconciliar os operários com o Estado prussiano reaccionário.
O socialismo de cátedra expunha a idéia da integração pacífica do capitalismo e do socialismo mediante reformas aplicadas pelo Estado burguês e defendia o reformismo liberal burguês, fazendo-o passar por socialismo. Eles pretendiam que o Estado burguês estava «acima das classes», que era capaz de reconciliar as classes antagónicas e de introduzir o «socialismo» paulatinamente, mas sem que fossem afectados os interesses dos capitalistas, e, na medida do possível, tendo em conta as reivindicações dos trabalhadores. Na Rússia eram os "marxistas legais» que difundiam os pontos de vista dos socialistas de cátedra.
Apresentavam como «Socialismo de Estado» a estatização dos caminhos-de-ferro prosseguida pelo governo prussiano e a introdução do monopólio estatal do tabaco e da aguardente, planeada por Bismarck. Marx e Engels travaram uma luta consequente contra o socialismo de cátedra e desmascaram a sua essência reaccionária e não-científica.