(1930-2017): Desde muito jovem participou na luta antifascista. Como estudante da Faculdade de Medicina de Lisboa, cujo curso frequentou até ao 4º ano, participou activamente no movimento estudantil e integrou a direcção da revista "Medicina" (1952/1953). Foi activista e dirigente do Movimento de Unidade Democrática Juvenil (MUDJuvenil) de 1951 a 1957. Dirigiu a delegação (clandestina) portuguesa ao IV Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes e ao III Congresso Mundial da Juventude, que tiveram lugar em 1953 em Bucareste. Ainda em 1953 foi preso, julgado em Tribunal Plenário e condenado a dois anos de prisão, tendo estado nas prisões fascistas do Porto, do Aljube e de Caxias.
Aderiu ao Partido Comunista Português em 1955 e passou à clandestinidade em 1957. Entre 1963 e 1974 foi o responsável e o Director da Rádio Portugal Livre, a rádio clandestina do PCP de informação e incentivo à luta antifascista dos trabalhadores e do povo português.
Após o 25 de Abril, foi Chefe de Gabinete de Álvaro Cunhal no Primeiro Governo Provisório. Fez parte da Comissão de Programas da Rádio Televisão Portuguesa de Outubro de 1974 a Janeiro de 1975 e foi membro do Conselho de Imprensa eleito pela Assembleia da República de 1977 a 1979.
Ao longo da sua actividade como dirigente do Partido assumiu várias outras responsabilidades em diversas áreas da intervenção do PCP. Foi responsável da Secção Internacional entre 1974 e 1975, tendo dado uma valiosa contribuição para divulgar a Revolução Portuguesa no estrangeiro e para o desenvolvimento das relações de amizade do PCP com partidos comunistas e outras forças revolucionárias e progressistas de todo o mundo. Foi responsável da Secção de Informação e Propaganda entre 1976 e 1983 e entre 1988 e 1990 e do Gabinete de Imprensa entre 1990 e 1991. Integrou a Direcção da Organização Regional de Lisboa entre 1984 e 1988 e foi responsável pela Organização do Sector de Artes e Letras. Integrou a Comissão junto do Comité Central para a cultura literária e artística e a Direcção da Festa do «Avante!».
Foi mandatário nacional da candidatura de Jerónimo de Sousa à Presidência da República em 1996.
Aurélio Santos foi membro do Comité Central do PCP de 1965 a 2004. Integrou a Comissão Executiva Nacional (1990-1992) e a Comissão Central de Controlo de 1996-2008.
Membro do Conselho Nacional da União dos Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP), Aurélio Santos foi Coordenador do Conselho Directivo da URAP entre 2006 e 2013.
Intelectual comunista, dirigente do Partido Comunista Português, dedicou toda a sua vida à luta pela liberdade e a democracia, à causa da emancipação da classe operária e dos trabalhadores, na resistência antifascista, na Revolução de Abril e na defesa das suas conquistas, à luta por uma sociedade nova liberta da exploração e da opressão, o socialismo e o comunismo.