(1941-1983): Político, filólogo e escritor. A sua família esteve vinculada à Esquerda Republicana da Catalunya (ERC) e ele se inicia bem jovem na resistência política ao franquismo. Estuda filologia românica em Tarragona.
De 1968 a 1970 vai para Praga para fazer estudos de linguística e de teatro, e ali tomou contato com o Círculo, ideias que depois aplicará à fonologia catalã (Elements de fonologia catalana, 1983; Manual de fonologia catalana). Participa ativamente nos acontecimentos da Primavera de Praga, experiência que o fortalece no seus socialismo internacionalista.
Posteriormente viaja por diversos países europeus, onde combinava os seus estudos com trabalhos que lhe cobrissem as despesas. Finalmente volta à Catalunya, e se torna professor de gramática histórica e de fonologia em Tarragona, e também leciona classes de fonologia e dicção catalã no Institut del Teatre de Barcelona. A sua obra linguística se completa com o Breu diccionari ideològic (1976) e o Diccionari Barcanova de la Llengua Catalana (1983).
A sua obra teatral compreende Els mites de Bagot (1968), Alícia en terra de meravelles (1972), Estat d'emergència (1972) e Preguntes i respostes sobre la vida i la mort de Francesc Layret, advocat dels obrers de Catalunya (1971, com Maria Aurèlia Capmany). Em 1976 publica La mort en punt, e em 1979, Ascendent Escorpió, e, já dentro do coletivo Ofèlia Dracs, ele recolhe os contos Deu pometes té el pomer (1980).
O seu compromisso com o socialismo de libertação nacional o leva a ser o primeiro apresentador do ato que o independentismo catalã organiza em Fossar de les Moreres em cada 11 de setembro em Barcelona. Em 1978 ingressa no Partit Socialista d'Alliberament Nacional (PSAN), e fará parte em 1979 dos Comitês Central e Executivo e do Conselho de Redação da revista Lluita. Em 1980 impulsiona a criação dos Comitês de Solidariedade com os Patriotas Catalães (CSPC). Morre num acidente de trânsito. Em 1987, a sua obra política foi recolhida em Ascendent Catalunya e publicada por Edicions Lluita.
"A sua entrada no PSAN, agora faz uns cinco anos e meios, foi sem vedetismos nem reivindicações de primogenituras, pela porta modesta que tanto lhe agradava frequentar, a porta da identidade de ideias, o espírito revolucionário e a vontade de trabalhar. Contava que não entrou no PSAN até que o vendaval da reforma pós-franquista não houvesse provocado que o setor de militantes com veleidades parlamentaristas-reformistas se separa-se do partido. Queria as coisas claras, e este caráter ele demostra repetidamente na sua atitude contra às opções reformistas e revisionistas que nestes últimos anos surgiram, tanto dentro como fora do partido." (Jordi Moners, "Xavier Romeu: les dues cares de la lluna", Lluita, núm 102, agosto de 1983).