(1931-2019): Nasceu em São Tomé. Participou em várias associações estudantis e na criação da UGA (União Geral dos Estudantes da África Negra Portuguesa). Pertenceu à direção da Casa dos Estudantes do Império desde 1957 a 1961, onde foi diretor do boletim “Mensagem”. Participou na chamada fuga dos cem estudantes que, em meados de 1961, saíram clandestinamente de Portugal para ingressar nos movimentos de libertação nacional angolanos. É, então, enviado à URSS aonde concluí o curso de Medicina conemçado em Portugal. No retorno à África, integra a guerrilha do MPLA em Cabinda. Dali foi enviado para Accra onde colaborou na fundação do movimento nacionalista santomense, MLSTP, e na propaganda da luta nacionalista angolana. Saiu do Ghana em 1966 depois do golpe de estado que depôs N’Krumah, tendo-se fixado em Argel onde passou a exercer a sua profissão de médico e a colaborar com Aquino Bragança e Mário Pinto de Andrade na CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas), organismo que teve importante papel na divulgação da luta empreendida pelos movimentos nacionalistas PAIGC, MPLA e FRELIMO. Após as independências, não se identificava com os rumos escolhidos pelos poderes instalados, quer em São Tomé, quer em Angola, e partiu para o exílio, fixando-se em Portugal. Para além de ter escrito livros de medicina, Tomás Medeiros é um dos grandes poetas santomenses e escreveu também ficção e ensaio. Os seus poemas figuram em antologias de poesia africana de língua portuguesa como “No Reino de Caliban'” e “Antologias de Poesia da Casa dos Estudantes do Império/1951-1963”. Escreveu ainda '”Quando os Cucumbas Cantam”' e “'A Verdadeira Morte de Amílcar Cabral.”