(1921-2009): político boliviano, militante do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (POR) desde os anos 40 até sua morte, fazendo grandes contribuições à política de esquerda boliviana e ao movimento trotskista. Filiou-se ao POR, criado por José Aguirre Gainsborg e Tristán Marof em 1935, ainda na adolescência. Com a morte de José Aguirre Gainsborg e o distanciamento político de Tristán Marof, Lora rapidamente se tornou o principal líder, responsável pela inserção do POR no proletariado mineiro do Altiplano boliviano. No Congresso Extraordinário de Pulacayo, convocado pela Federação Sindical dos Trabalhadores em Mineração da Bolívia (FSM) de 6 a 12 de novembro de 1946, Guillermo Lora escreveu a Tese Pulacayo, como assessor da delegação de Llallagua; documento importante da história do movimento operário boliviano. Em 1947 ele foi eleito deputado na província de Bustillos de Potosí pelo Bloco Mineiro Parlamentar. Ele teve uma participação ativa na Revolução de 1952. Nos anos 60, quando uma facção do POR tentou seguir o exemplo de Che Guevara e formar um grupo guerrilheiro, Lora liderou um segundo grupo geralmente designado como 'POR (Masas)', que manteve seu foco no movimento trabalhista. Durante 1970-1971, durante o período do governo da General Torres, o POR promoveu a Assembléia Popular, na qual Lora se destacou ao redigir suas principais resoluções.