(1828-1888): O “filosofo operário" alemão. Curtidor de profissão, autodidata, amigo de Engels e de F. A. Sorge. Descobriu, independentemente de Marx, no dizer de Engels, a dialética materialista, da qual fez uma exposição detalhada. Escreveu em 1858, em São Petersburgo, sua primeira obra filosófica, Das Wesen der menschlichen Kopfarbeit, (A essência do trabalho cerebral do homem) , quando já havia atraído para si a atenção de Marx, por sua nota do primeiro volume de O Capital, no Volksstaat. Atingido pela lei contra os socialistas, Dietzgen foi estabelecer-se definitivamente na América, onde desempenhou importante papel no movimento socialista alemão, como redator e colaborador de diversos jornais operários. Após o atentado de Chicago, em 1886, lutou corajosamente como redator da Arbeiter Zeitung, de Chicago, cujos colaboradores eram vitimas de agentes provocadores da justiça americana, desafiando o terror burguês e lutando contra os elementos covardes e falsos do movimento operário. Declarou abertamente: “Não atingiremos a nova sociedade sem sérios combates, e haverá mesmo inúteis motins e anarquia". Nessa ocasião, Dietzgen viu-se forçado a colaborar com o grupo de anarquistas de instinto revolucionário, contra os oportunistas, embora reconhecendo claramente os defeitos dos primeiros. Seus trabalhos filosóficos estão sob a influência direta de Ludwig Feuerbach, mas a forma dialética neles se desenvolve de maneira independente.
Obras principais: Das Wesen der menschlichen Kopfarbeit, 1869, (A essência do trabalho cerebral do homem); Das Acquisit der Philosophie, 1887; Streifzüge eines Sozialisten in das Gebiet der Erkenntnistheorie, (Excursões de um socialista no domínio da teoria do conhecimento); Sämtliche Schriften in drei Bänden, (Obras completas em 3 volumes) , editadas por Eugen Dietzgen (Stuttgart. 1919): Cartas de Dietzgen nas Briefe und Auszüge aus Briefen von J. Ph. Becker, J. Dietzgen, Friedrich Engels, Karl Marx u. a. an F. A. Sorge u. a., (Cartas e extratos de cartas de... etc.), Stuttgart, 1906.