(1768-1848): Aristocrata francês homem de Estado e escritor romântico clerical. Expropriado pela Revolução Francesa, participou ativamente da primeira campanha de intervenção. Exilado na Inglaterra até o Consulado, Chateaubriand tornou-se, durante o período de reação posterior a 1800, o porta-voz por excelência das ideias contrarrevolucionárias. Da “salvação” do cristianismo e especialmente do catolicismo e da Igreja romana “fora da qual não há salvação” e cuja autoridade quase havia desaparecido entre as massas populares no curso da tempestade revolucionária, Chateaubriand fez sua rendosa profissão. Em sua luta “pelo Altar e pela Igreja”, pode colher seus louros, sobretudo após a restauração dos Bourbons, como escritor e homem de Estado legitimista. Marx caracterizou esse duplo ponto de vista em sua correspondência com Engels (cartas de 26 de setembro de 1854 e de 30 de outubro de 1873), nos seguintes termos: “Um incrível ajuntamento de mentiras, sem precedente como forma e conteúdo”.
Algumas obras: Atala, ou les amours de deux sauvages dans le désert, 1800; Le génie du christianisme, 1802; Les martyrs, 1809.