(1871-1944): Economista e filosofo russo. A principio, foi marxista com reservas. Foi um dos autores da colectânea Vekhi (1909). Ao lado de Struve e de Tugan-Baranovski, foi um dos principais representantes do chamado marxismo legal”, que pretendia provar, com auxilio da doutrina economica de Marx, não somente a necessidade do desenvolvimento do capitalismo para a Rússia, como também, ao mesmo tempo, a possibilidade da duração eterna do capitalismo, exaltando a “missão civilizadora” desse ultimo e buscando o apoio da burguesia liberal. Em sua primeira obra sobre a economia nacional, Os mercados no medo de produção capitalista e depois em Escoamento da produção capitalista, (cd. russa, 1897), era ainda marxista. Mas logo depois, sobretudo em sua obra principal em dois volumes, O capitalismo e a agricultura, (ed. russa, 1900) e no periódico Natchalo (1899) Bulgákov rompeu inteiramente com o marxismo e tentou provar o caráter insustentável, não somente dos fundamentos gerais da teoria marxista, mas também de sua aplicação à questão agraria. Sua passagem Problemas do Idealismo (1902) e Do marxismo ao idealismo (1903) (tais foram os títulos de duas coletâneas de seus escritos) não sofreu interrupção. Foi deputado à II Duma. Foi membro dos Kadetes. Acabou por atingir um misticismo declarado. Apés a derrota da revolução de 1905, influenciado pela desilusão que se apoderou dos meios liberais da Rússia, fez-se padre e entrou para um convento. Emigrou em 1922, radicando-se em Paris.