(1870-1936): E escritor e ativista lituano, figura de destaque no movimento anarquista dos Estados Unidos no início do século XX. Nascido na cidade de Vilnius, na época pertencente ao Império Russo, imigrou para os Estados Unidos em 1888. Viveu na cidade de Nova Iorque, onde se envolveu com o movimento anarquista e conheceu Emma Goldman, que tornou-se sua amante e companheira de longa data. Em 1892, após um conflito ocorrido na greve de Homestead, tentou assassinar o industrial Henry Clay Frick em um ato de propaganda pela ação. Ainda que Frick tenha sobrevivido ao atentado, Berkman foi condenado pelo crime e passou 14 anos na prisão. Suas experiências no cárcere foram a base de seu primeiro livro, Memórias de um Anarquista Aprisionado. Logo após ter sido posto em liberdade, assumiu a função de editor do periódico anarquista Mother Earth de Emma Goldman, e logo depois criou também o seu próprio periódico, The Blast. Em 1917, ele e Goldman foram condenados a dois anos de prisão por conspirar contra o recém-proclamado Ato de Alistamento Militar Seletivo de 1917, que exigia o alistamento de todos os homens entre 21 e 30 anos. Em 1919, foram deportados junto com outros anarquistas e socialistas estrangeiros para a Rússia. Inicialmente simpatizante da Revolução Bolchevique, logo se tornou um opositor do regime soviético, após tomar conhecimento da repressão imposta pelo governo bolchevique contra grupos políticos dissidentes. Em 1925, ele publicou um livro baseado em suas experiências na Rússia, chamado O Mito Bolchevique. Viveu seus últimos anos na França, onde produziu a clássica exposição dos princípios anarquistas, Agora e Depois: O ABC do Anarquismo Comunista. Passou os últimos anos de sua vida em condições precárias, trabalhando como editor e tradutor e dependendo da ajuda financeira de amigos. Sofrendo de graves problemas de saúde, Berkman cometeu suicídio em 1936.