(1965-2016): Ativista argentina, militante do Partido Comunista da Argentina, travesti, defensora e promotora da identidade transgênero. Em 1994, fundou a Associação de Luta pela Identidade Travesti e Transexual (ALITT), que presidiu até sua morte. Ela foi a força motriz da Lei sobre o respeito à identidade adotada por travestis e transexuais e aprovada pela Legislatura de Buenos Aires em 2009. Em 2002, matriculou-se na Escola Normal nº 3 para se tornar professora. Diante da impossibilidade de fazê-lo com seu nome, apresentou uma reclamação ao Ombudsman da Cidade de Buenos Aires, que ordenou às autoridades escolares que respeitassem sua identidade de gênero, demanda fundamental para a visibilidade dos travestis e transexuais. Foi conselheira legislativa do Partido Comunista da Argentina na cidade de Buenos Aires, tornando-se assim a primeira pessoa travesti com um cargo público. Em 2008, ela liderou a criação da Cooperativa Têxtil Nadia Echazú, a primeira Escola Cooperativa para travestis e transexuais. Em 2010, foi criada a Frente Nacional para a Lei de Identidade de Gênero. Foi uma aliança de mais de quinze organizações que promoveram a sanção em nível nacional de uma lei garantindo a adaptação de todos os documentos pessoais à identidade de gênero percebida e ao nome escolhido por cada pessoa e o acesso a tratamentos médicos para aqueles que solicitam intervenções em seu corpo. O projeto foi finalmente apresentado (como um projeto unificado, acordado entre as diferentes organizações sociais) e aceito. A Lei de Identidade de Gênero foi aprovada pelo Parlamento Argentino em 9 de maio de 2012 e promulgada pela Presidenta Cristina Fernández de Kirchner alguns dias depois, tornando-se a mais avançada do mundo nesta matéria até agora. Foi a primeira lei a reconhecer a identidade de gênero das pessoas em termos de autopercepção e garantir o pleno acesso à saúde, despatologizando as identidades trans. Em 2013, Lohana foi nomeada chefe do Escritório de Identidade de Gênero e Orientação Sexual, que opera sob os auspícios do Observatório de Gênero no Departamento de Justiça da Cidade de Buenos Aires.