(1892-1974): Educadora e militante social brasileira. Em fevereiro 1921 fundou a Escola Proletária de Meriti, em Duque de Caxias, atendendo a uma comunidade rural carente. A escola, mais tarde renomeada Escola Regional de Meriti, ficou conhecida como "Mate com Angu", por ter sido uma das primeiras da América Latina a servir merenda escolar. A inovação demonstra a preocupação de Armanda com o bem-estar e a saúde das crianças. Influenciada pelo Método Montessori e antecipando a chegada das teorias da Escola Nova no Brasil, a diretora procurou transformar o espaço num laboratório educacional. Os alunos ficavam na escola no horário integral e ajudavam no cultivo de hortas e criação de animais como o bicho-da-seda. Também foi ela quem criou a primeira biblioteca de Caxias.
Na década de 30, já presidente da Associação Brasileira de Educação (ABE) e integrante da Aliança Nacional Libertadora (ALN), Armanda militou na Liga Anticlerical do Rio de Janeiro. Foi uma das fundadoras da União Feminina do Brasil (UFB), da qual foi a primeira presidente. À frente da UFB, defendeu uma união entre “mulheres educadoras, intelectuais e trabalhadoras”, e criticou outras associações feministas como “inócuas, outras ligadas a correntes partidárias explorando a angustiosa situação da mulher, pregando um estreito feminismo que consiste em cumular o homem em si e nele ver um ‘inimigo’ da mulher”. Tanto a UFB quanto a ANL eram alvo de perseguição por parte da Delegacia Especial de Segurança Política e Social (DESPS) do Estado Novo. As duas organizações foram postas na ilegalidade em 1935. Em outubro de 1936, foi presa como suspeita de ligação com o Partido Comunista do Brasil e de participação na Intentona Comunista de 1935. Permaneceu na prisão até junho de 1937, tendo como companheiras de cárcere Olga Benário Prestes.